quinta-feira, 30 de julho de 2015

Frase de Giorgio Agamben, filósofo italiano de esquerda.

Frase de Giorgio Agamben, filósofo italiano de esquerda.

"O capitalismo é uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua.
Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro".

Giorgio Agamben, em entrevista a Peppe Salvà e publicada por Ragusa News, 16-08-2012.

Existe um padrão nos discursos e escritos de intelectuais de esquerda, socialistas e marxistas, vejamos:

. o foco primordial deles é criticar o capitalismo.

- eles não criticam o socialismo/marxismo apesar dos inúmeros fracassos já ocorridos no mundo do socialismo/marxismo. Eles adoram falar das "crises" do capitalismo e a criticar das mais variadas formas essa tal "crise", porém, da crise que levou a URSS socialista a extinção definitiva como nação eles não dizem nada, a não ser colocar a culpa em um suposto "capitalismo de estado"!

. eles inocentam Marx como mentor de todos os fracassos de nações socialistas (50) que existiram no século XX e colocam a culpa em seus colegas que instituíram governos socialistas/marxistas e fracassaram. A desculpa usada por todos eles é que "as ideias de Marx não foram aplicadas corretamente", apesar de os que aplicaram as ideias de Marx terem sido assíduos leitores de Marx, como Lenin e Che Guevara que leram Marx a fundo.

. eles jamais fizeram uma teoria sociológica de uma sociedade comunista onde conceituassem como seria a estrutura social dessa sociedade, com isso, até hoje, não sabemos como seria uma sociedade comunista, entretanto, eles continuam a cultuar o socialismo, cuja única sociedade que possui, oriunda de Marx, é a ditadura do proletariado.

. em todas as suas críticas eles se referem a "capitalismo".... porém, todas as grandes nações do ocidente são DEMOCRACIAS onde existe o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, e, na verdade, o que os "intelectuais" marxistas criticam e querem destruir é a DEMOCRACIA.


Vamos comentar a frase de Agamben:

Para um intelectual desse tipo as pessoas trabalharem é uma "liturgia" e não uma necessidade!
Em sua visão obtusa o objetivo do trabalho é o dinheiro...

Para ele as pessoas trabalham pelo dinheiro, e talvez ele pense que as pessoas comem dinheiro no café da manhã e no almoço!

Não passa pela cabeça dele que existem bilhões de humanos no planeta e nem todos podem ir plantar seu arroz ou feijão, cultivar uma horta ou criar galinhas e porcos, ou cortar o cabelo ou fazer seus próprios sapatos.

Não passa pela cabeça desse tipo de intelectual que em vista dessa impossibilidade os seres humanos estabeleceram a "divisão do trabalho" nos meios de produção em geral porque o sistema de trocas (escambo) que existia na antiguidade não é mais possível na atualidade devido a diversidade de produtos e valores - a única forma das pessoas obterem o que necessitam para viver é através de um "meio de pagamento" comum que todos aceitam - que é o dinheiro, que as pessoas recebem como salário em troca do trabalho, mas, ninguém é obrigado a ser assalariado, existem milhões de pessoas no mundo que trabalham por conta própria e cobram diretamente por seus serviços.

O dinheiro resolveu o problema do sapateiro que queria comer carne, mas, o açougueiro não precisava de sapatos e por isso não era possível trocar carne por sapato, é muito mais fácil o sapateiro vender o sapato que faz para quem quer comprar sapato e com o dinheiro da venda ir comprar carne no açougue.

Isso é uma coisa bem básica e a população toda sabe disso, menos os tais intelectuais... que tem o dinheiro como uma coisa maldita.
Eles não conseguem entender que o dinheiro é como todas as coisas que os humanos inventaram, serve para o bem e para o mal, da mesma forma que uma faca serve para descascar uma laranja também serve para ferir uma pessoa.

O grande problema da humanidade com esse tipo de gente "intelectual" é que eles não tem nada útil para fazer na vida, a única coisa que fazem é escrever e falar sempre e incessantemente a mesma coisa - criticar a sociedade, criticar o capitalismo.
E fazem isso dentro das escolas para os alunos, dentro da universidades, eles dizem isso para os alunos incessantemente, e fazem isso a já muito tempo, e essa doutrinação nas escolas na atualidade está gerando seus azedos frutos, muita gente, sem perceber, apoiam tais ideias que vão levar a sociedade a um beco sem saída, uma vez que tais "intelectuais" nada tem de bom para colocar no lugar do querem eliminar.


domingo, 26 de julho de 2015

Os intelectuais estão começando a odiar a Internet e as redes sociais.


Eles já odiavam "o sistema".

A muito tempo os intelectuais odeiam a democracia liberal de livre mercado, intelectuais como Adorno escreveram muitos livros para criticar o cinema, a TV e a sociedade democrática em geral.

Agora estão começando a odiar a Internet, já aconteceram manifestações deles contra a democracia da Internet, e cada vez mais eles passarão a atacar a essa possibilidade de manifestação livre e válida para todos os seres humanos e não para apenas alguns, dos quais eles faziam parte.

Por que os intelectuais odeiam a democracia de livre mercado e agora passaram a odiar a expansão da democracia que passou a existir com a Internet?

É um trauma antigo.
Os intelectuais quando eram crianças em geral iam bem na escola, faziam boas redações, inventavam boas histórias, sabiam falar poesias, etc, com essas atribuições eram os "queridinhos" da professora, eram elogiados e premiados, e tinham lugar especial na "sociedade" escolar.
Obtinham sucesso e aplausos no ambiente restrito da escola.
Porém, após formados, entram no mercado, é um outro mundo, o mercado livre é competitivo e premia a pessoas diferentes dos intelectuais...

Os milhões de consumidores, premiam aos empreendedores, aos craques de futebol, ao Bill Gates, ao inventor do WhatsApp, a Gisele Bündchen, ao Silvio Santos, ao Lula, ao pastor Edir Macedo, ao McDonald’s, aos DJs funkeiros, e aos fabricantes de celulares.
Entre um ingresso grátis para uma palestra do intelectual Umberto Ecco e um jogo do Flamengo a multidão de "imbecis" prefere ir ao jogo!

Os intelectuais ficam revoltados com essa nova situação fora da escola onde eles não são mais os protagonistas!
Criaram enorme ressentimento contra essa situação e procuraram um culpado por essa rejeição "injusta" a eles, que se consideram sábios.
Colocaram a culpa no sistema "injusto", colocaram a culpa na sociedade, na democracia liberal de livre mercado que não os premia como estavam acostumados a serem premiados na escola.

Esse ódio contra a sociedade liberal é antigo, vem desde que essa sociedade passou a existir a partir do ano de 1800.
O ódio a esse sistema "injusto" deu origem a ideologias políticas contrarias ao "sistema" e que passaram a almejar a sua destruição.

Os intelectuais encontraram abrigo para seu ódio no socialismo que quer a mesma coisa que eles, a destruição do "sistema opressor".

Agora com a Internet a ação da democracia passou a ser ainda mais contundente!

Por dois motivos.

Um, que a Internet passou a dar voz as pessoas em geral, todos podem se manifestar.

Dois, este mais constrangedor!
Quem está tendo essa liberdade de se manifestar são os que os socialistas e marxistas chamam de "proletários"...
E essa manifestação livre não tem nada da tal "luta de classes" que supostamente os "proletários" possuiriam..
Não, a Internet mostra que os "proletários" são seres individuais, que possuem valores individuais, que por norma discordam entre si, e que os "proletários" são críticos, mas não ao "sistema" como os intelectuais gostariam, mas sim, contra outros "proletários", contra outros indivíduos, e que os "proletários" mandam as favas a tal de "classe"!

A Internet e as redes sociais mostram que não existe a tal "consciência de classe" e menos ainda a tão sonhada por eles "luta de classes".
As redes sociais mostram que os humanos sejam eles, pobres, remediados ou ricos, são individualistas em suas manifestações e ações.

Por isso os intelectuais estão dirigindo ofensas generalizadas (imbecis) as redes sociais na Internet, elas não são da forma que eles gostariam que elas fossem!



ARTODOS NA FOLHA DE S.PAULO

Os imbecis estão ganhando?
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergiodavila/2015/07/1654567-os-imbecis-estao-ganhando.shtml

Ainda sobre os imbecis
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergiodavila/2015/07/1657549-ainda-sobre-os-imbecis.shtml





quinta-feira, 23 de julho de 2015

Democracia, liberdade individual, mercado livre e igualdade


Se defendemos liberdade individual política e econômica isso nos leva a defender a democracia e o livre mercado, porém, ao defendermos isso, não podemos ao mesmo tempo querer que exista igualdade, pois os seres humanos não são iguais em habilidades, talentos, saúde, vontade, beleza, empreendedorismo e coragem para arriscar.

Exemplos empíricos para demonstrar o que estou querendo dizer:

Se defendemos a liberdade individual estaremos defendendo que todas as mulheres tenham liberdade para serem modelos, todas tem o direito de almejarem essa profissão e trabalharem firme para obtê-la.
Porém, por mais que se esforcem nem todas as mulheres obterão sucesso nessa profissão.
Existirão mulheres que na profissão de modelo receberão nota 10 dos empregadores e poderão ganhar 10 milhões por ano exercendo a profissão.
Outras receberão nota 7 e ganharão 7 milhões anuais, outras nota 5, outras nota 2 e muitas nota 0, não conseguirão ser modelos porque nenhum empregador irá dar trabalho a elas porque não tem talento para essa profissão específica.
Essa realidade, de que os seres humanos tem qualidades e talentos diferentes em grau nos leva ao fato que existirão modelos que ficarão milionárias e outras que não conseguirão chegar a tanto.
Não existe igualdade na profissão de modelo e consequentemente não existe igualdade no salário que elas recebem, isso leva a desigualdade.

Da mesma forma essa mesma realidade existe em todas as atividades humanas, por exemplo médicos e pedreiros.

Nem todos os médicos oftalmologistas se arriscam a fazer cirurgias no olho das pessoas...
Nem mesmo as pessoas se arriscam a fazer cirurgias no olho com o primeiro médico oftalmologista de plantão.
Não, apenas alguns médicos oftalmologistas tem talento e habilidade para fazer essas cirurgias...
Não que os médicos em geral não tenham conhecimento de como se faz tais cirurgias, trata-se de outra coisa, somente alguns médicos tem "a mão" privilegiada para fazê-las.
Evidentemente, tais médicos vão ganhar mais dinheiro que os demais!
Isso vai gerar desigualdade entre os médicos e com o mercado em geral.

Pedreiros a mesma coisa, nem todos os pedreiros tem capacidade para construir uma casa firme e bem construída, quem já trabalhou na área de construção sabe disso, para a simples atividade de assentar tijolos em uma parede é necessário habilidade diferenciada, porque se não tiver a parede vai ficar torta ou com "barrigas", e iessa habilidade não depende de "educação", de escolas, escolas podem formar pedreiros, mas, da mesma forma que escolas de modelo não conseguirão fazer todas as alunas serem nota 10, escolas de pedreiros não conseguirão que todos os pedreiro formados nelas sejam nota 10.
Tais pedreiros "nota 10" são "oficiais", os demais podem ser apenas serventes de pedreiro, evidentemente, os pedreiros "oficiais" recebem um salário maior, existem aqueles que trabalham por conta, após um certo tempo ficarão bem de vida, muitos ficam ricos, e estarão em uma situação desigual financeiramente falando em relação aos demais pedreiros e trabalhadores em geral.

Então, em uma democracia com livre mercado e liberdade individual, existirão pessoas ricas e pessoas milionárias e que obtém essa condição sem receberem herança, temos milhares de pessoas que poderíamos dar como exemplo: Bil Gates, Silvio Santos, Cristiano Ronaldo, Madona ou Guga, são alguns entre milhares desses exemplos de pessoas que não receberam heranças entretanto ficaram ricas usando apenas a sua habilidade diferenciada.
E são consideradas por muitos como protagonistas de desigualdade...

Democracia, liberdade individual, mercado livre existe na Austrália e na Coréia do Sul, nesses dois países, dentre outros, não existe igualdade, neles existem ricos e milionários, porém a qualidade de vida da população em geral é excelente, e é isso que importa.
Não importa se em uma nação existe o 1% de ricos que detém uma boa parte das riquezas... o que importa é que nessa mesma nação a maioria da população vive com excelente qualidade de vida.
Porém, querer que nessa mesma nação não existam uma minoria de miseráveis, ai é algo difícil, pois a perfeição não existe.

E se, uma nação diz possuir democracia, liberdade individual, mercado livre, porém, nela existem milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, alguma coisa errada está acontecendo com o governo dessa nação, a causa mais comum dessa situação são alta carga tributária, corrupção e desvio de grande parte do dinheiro público, e impunidade.




quinta-feira, 16 de julho de 2015

Por que as mulheres querem ser magras

Esse é um desejo recente das mulheres, no passado as mulheres não tinham essa preocupação, as pinturas antigas mostram mulheres que não eram magras.

O quadril largo, as coxas grossas, seios fartos, o rosto mais cheio eram traços valorizados no passado, nas classes mais avantajadas.
Os homens sempre preferiram esse tipo de mulher, por razões evolutivas, por ser esse tipo de corpo de mulher, no passado, mais propicio a reprodução.

O antigo modelo de beleza feminina.


Com isso, essa estética feminina era um tipo de submissão.

Isso mudou a partir da segunda metade do século XX.


Qual, ou quais, seriam as causas dessa mudança no comportamento feminino?

Pode-se se supor que a emancipação das mulheres provocou esse desejo de mudança, seria como uma prova de libertação de uma condição submissa anterior com respeito a estética do corpo da mulher.

Porém, essa pode não ser a única razão, as mulheres passaram a se casar bem mais velhas, a trabalhar fora, entraram no mercado, e o mercado normalmente tem predileção por jovens, e a magreza sempre foi uma característica da juventude.
E os homens, também preferem mulheres mais jovens.

Pode-se admitir também como motivação a mídia e as agências de modelos que só querem magras em seus desfiles, isso aumentou o culto a magreza, mas, sem dúvida, é uma motivação secundária.

O novo modelo de beleza feminina

Seja lá quais foram os motivos do culto a magreza, aconteceu algo inesperado!

As mulheres se libertaram do que existiu no passado, mas, foram envolvidas em outra forma de dominação, o mito da beleza baseado na magreza!
As mulheres se libertaram de padrões estéticos do passado, mas, foram submetidas a um novo tipo de obediência, a obediência aos novos padrões de beleza!
Para ser bonita precisa ser magra!

E com isso, surgiu um novo tipo de preconceito no universo feminino em relação a quem não se encaixa na nova regra.

Um novo preconceito a ser superado pelas mulheres?




segunda-feira, 13 de julho de 2015

Metafísica


Existe bastante confusão em torno desse termo.
Muitas interpretações lhe são atribuídas.
Na verdade, esse termo não deveria nem mesmo existir!

Aristóteles, considerado o primeiro "metafísico" e de cujos livros se origina o termo - jamais usou esse termo em seus escritos!
Aristóteles usava "filosofia primeira".


Penso que compreendo a escolha do nome feita por Aristóteles, por exemplo a Ética, faz parte da filosofia, mas, não é a "primeira", o assunto "ética" não é primordial, é um tema coadjuvante a filosofia "primeira".

A "filosofia primeira" não é propriamente uma filosofia, mas sim, um questionamento primordial, como por exemplo análises a partir da pergunta: por que existimos?
Ou, por que existe vida?

Tais questões eram para Aristóteles consideradas como "filosofia primeira".

Aristóteles fundou sua escola que se chamou "Liceu", depois de sua morte existiram outros filósofos que ficaram responsáveis pela escola, eram chamados de "escolares".

O último desses "escolares", que foi o décimo primeiro, foi Andrónico de Rodes, que viveu por volta do século I depois de Cristo, já em pleno domínio do Império Romano, Andrônico fez uma classificação das obras de Aristóteles, colocou os livros sobre "física" em um local no arquivo, e "depois" dos livros de física colocou os livros de Aristóteles sobre a "filosofia primeira", e colocou uma placa com os dizeres "livros depois dos de física", os romanos interpretaram essa classificação ao pé da letra, ou seja, tais livros tratavam do "o que vem depois da física" = metafísica..

Em grego "meta" quer dizer "depois", e física é o estudo do funcionamento da natureza.

E, os estudos que não eram sobre natureza, física, passaram a ser conhecidos como "metafísica".

E o significado dessa palavra, continua sendo o significado dado por Aristóteles a esse tema - a filosofia primeira.
Ou, podemos dizer, é o estudo filosófico das causas primeiras da existência.