quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A escravidão nunca teve cor, ela nunca foi racista

A escravidão nunca teve cor, ela nunca foi racista, os escravocratas aceitavam como escravos qualquer etnia.

Desde os tempos mais remotos existiram escravos, a escravidão humana nunca teve preconceito de cor.
A escravidão praticada por humanos desde a antiguidade nunca foi racista, qualquer raça servia para ser escravo.



Escravos construíram as pirâmides.

A escravidão é uma agressão da humanidade contra ela mesma e não contra uma cor em particular como no mundo atual se quer fazer parecer.


Um retrospecto histórico da escravidão.

Nas mais antigas civilizações, a Suméria, o Egito dos faraós, a 6000 anos atrás, existem relatos de escravidão, as pirâmides foram construídas por escravos, muitos morreram nesse trabalho, já foram descobertos restos mortais desses trabalhadores, muitos eram enterrados vivos junto com o faraó...


Escravidão no Egito Antigo.

Na Antiguidade, a partir do ano 1800 AC, a Núbia (Sudão atual) era um poderoso império negro associado ao Egito dos faraós (Alto Egito).



Pagamento de tributo aos núbios.

No ano 770 AC o rei núbio Piye, invadiu e tomou Tebas a capital egípcia, apossou-se de todo o Império Egípcio, e iniciou uma dinastia de faraós negros !
O império Núbio jamais deixou de fazer escravos, fossem eles negros ou brancos !
Os faraós, brancos e negros, faziam escravos nos povos conquistados.


Núbios e seus escravos. Império negro tornando escravos os próprios africanos. Isto a milhares de anos atrás.

A escravidão na Antiguidade era uma condição aceita pela sociedade.
Era a escravidão que mantinha a produção agrícola e mineral da Antiguidade.


Venda de escravos em Atenas. Na Grécia Clássica a escravidão branca era oficial.

Todos os povos antigos, egípcios, babilônios, na Índia, na China, na América, na África, todos sem exceção tinham escravidão como forma de trabalho produtivo.


Índia - sociedade de castas.


Índia - o senhor e seus servos.

Na China a escravidão existia de forma total, os senhores chegavam a capar (cortar fora os testículos) seus escravos homens, eram os chamados “eunucos”.


Os hebreus, escravos no Egito.

Os judeus (hebreus) foram escravos no Egito dos faraós a 3500 anos atrás...
Os judeus conseguiram se libertar do Egito, mas, a 2500 anos atrás voltaram a ser escravos de outra nação, Babilônia, que conquistou o reino hebreu e fez os judeus escravos.


Os hebreus, escravos na Babilônia.

Na Grecia antiga, a 2800 anos atrás, em sua mais poderosa cidade-estado, Esparta, os espartanos mantiveram um povo como escravos por séculos, os hilotas, que eram brancos.
Esparta era um povo de guerreiros e os hilotas eram escravos da cidade-estado, trabalhavam para toda a cidade, e os espartanos apenas se preocupavam com a guerra.


A cidade de Esparta na Grécia Clássica era um povo de guerreiros. Em Esparta todo trabalho era feito por escravos.

Na Grécia Clássica, em Atenas, embrião da cultura ocidental, a escravidão era oficial, todas as atividades do dia-a-dia no campo, na cidade, nas casas, eram feitas por escravos brancos.


No Império Romano também a escravidão era oficial.
Os romanos fizeram escravos na Inglaterra, em Portugal, na Espanha.
Ou seja, futuros senhores de escravos ibéricos antes já tinham sido escravos também.



Venda de escravos em Roma.

Os gladiadores por todo o Império Romano, de qualquer cor, eram escravos.

Na América, antes dos espanhóis e portugueses chegarem por aqui, também existia escravidão generalizada, as civilizações pré-colobianas da América, astecas, maias, incas, tupinambas, navajos, em todas as épocas mantiveram escravos, as tribos derrotadas eram feitas escravas.


Desenho asteca mostrando escravo.

No Império Inca a escravidão do povo era mantida pelo estado.
Muito antes de espanhóis e portugueses chegarem a América do Sul, já existia escravidão nesse continente, já existia escravidão no Peru e no Brasil atuais.
No Brasil, antes da chegada dos portugueses, os índios escravizavam prisioneiros de guerra a séculos !


Os tupinambas, índios brasileiros guerreiros, faziam escravos, e até comiam alguns deles para ficarem mais fortes.

No início, após a chegada dos europeus, os índios passaram a vender eles próprios os prisioneiros de outras tribos derrotadas para os europeus.

E vejam uma coisa interessante, que acontecia no Quilombo dos Palmares...
Em Palmares escravos eram considerados homens livres, desde que satisfizessem certas exigências.
Se o escravo viesse foragido, era considerado homem livre, podendo escolher o mocambo em que desejava viver.
Porém, se chegasse capturado pelos homens do quilombo, continuaria escravo da comunidade.

Outra coisa interessante é que no Brasil, muitos escravos libertos - tinham escravos!
Quando olhamos os inventários por morte de escravos libertos, em geral entre as propriedades deles existiam escravos !



A escravidão de africanos começava lá mesmo na Àfrica, entre os africanos, as tribos guerreavam entre si, e as populações derrotadas nestas guerras, serviam como recompensa.
Os derrotados viravam escravos, para trabalharem ali mesmo ou para serem vendidos para outras regiões.


Caça de escravos na África.

Os reinos africanos do Segu e de Dahomé, a povo Ashanti e os Iorubas foram nações que tinham como principal atividade a caça de escravos.Promoviam rápidos ataques nos territórios vizinhos, onde aprisionavam populações isoladas.


Reis africanos vendedores de escravos.



Escravidão na própria África.


Museu da Escravatura em Benguela, cidade litorânea de Angola.
Nesse prédio ficavam os escravos agusrdando a chegada dos navios com compradores.

A escravidão na África já existia muito antes dos europeus chegarem lá ... praticada pelos próprios reinos africanos e pelos árabes e otomanos que dominavam a África por séculos antes dos europeus chegarem.


Mercado de escravos africanos no Iemen.



Forte muçulmanos para venda de escravos na Tanzânia.

O norte da África foi a terra de corsários que faziam escravos principalmente na Península Ibérica, atacavam cidades de Portugal e faziam prisioneiros brancos que vendiam como escravos em portos do norte da África.
Antes da formação de Portugal existem registros de que a escravidão de portugueses era praticada pelos visigodos e durante o Al-Andaluz existia a escravidão de cristãos praticadas por muçulmanos.

Os portugueses ao chegarem no litoral africano encontraram um desenvolvido mercado de escravos africamos praticado pelos próprios africamos.
Os escravos africanos eram vendidos pelos seus sobas - chefes de tribos africanas - aos europeus.
Era só ter dinheiro (ou mercadorias de troca) para comprar que os sobas vendiam os africanos como escravos.
O primeiro lote de escravos africanos comprados por Portugal foi em 1441 na costa da Mauritânia atual.


Os árabes e turcos otomanos já compravam escravos na África a séculos.

Ao chegarem na Guiné os portugueses também encontraram ali um mercado de escravos africanos desenvolvido.
Os europeus nunca precisaram entrar África a dentro para caçar escravos, os próprios africanos vendiam seu povo nos portos da África.
A maior parte da escravidão de africanos foi como todas as outras, povos derrotados em guerras eram feitos escravos - no próprio território africano.

Este fato histórico invalida o racismo como causa da escravidão de africanos, uma vez que os africanos eram caçados e vendidos como escravos pelos próprios africanos.



O fim da escravidão no mundo

A escravidão humana só foi terminar a partir de 1800 com o surgimento do Liberalismo na Inglaterra e EUA, que libertou os escravos e passou a pagar salários para os trabalhadores.
A Inglaterra exerceu forte pressão sobre nações escravocratas para que parassem com a escravidão.
E isso foi a maior conquista da humanidade !
O término da escravidão.

Foi com o Liberalismo que finalmente conseguiu-se progresso e igualdade social nos países que tiveram governos competentes e sérios.
Foi com o Liberalismo que os afrodescendentes norte-americanos conseguiram participar ativamente da sociedade norte-americana até chegarem a ocupar postos chaves no governo como atualmente ocupam.



Primeiras conquistas abolicionistas na mundo.

Europa


1787 - Início da campanha abolicionista na Inglaterra.
1792 - A Câmara dos Comuns inglesa aprovou a abolição do tráfico de escravos, porém, a lei não foi aprovada na Câmara dos Lordes.
1792 - A Dinamarca aboliu o tráfico de escravos.
1807 - A Inglaterra proibiu totalmente o tráfico de escravos.
1807 – Prússia (Alemanha) decreta abolição dos escravos.
1811 – Espanha aboliu a escravidão na Espanha e em algumas colônias, em Cuba ficou.
1814 – Holanda liberta os escravos.
1815 – Áustria declara oposição a escravidão.
1822 – Grécia liberta os escravos.
1837 – Suécia aboli a escravidão.
1833 - Em 28 de Agosto, o Slavery Abolition Act decreta a abolição em todo IMpério Britânico (até então existiam escravos dentro da Inglaterra).
1846 – Portugal finda tráfico transatlântico.
1848 – a Dinamarca liberta os escravos.
1848 – A França aboliu definitivamente a escravidão (antes a escravidão tinha sido abolida em 1794, mas, Napoleão em 1802 restabeleceu a escravidão na França).
1869 - Portugal é o último país da Europa a abolir o tráfico de escravos.

Obs. Na Itália não existiu escravidão de africanos, a Itália também não teve colônias onde existissem escravos. Esse é mais um motivo para que os descendentes de italianos que existem no Brasil não tenham "culpa" ou "dívida".

América do Norte

1780 - A Pensilvânia aprovou a lei de abolição gradual da escravidão. O mesmo foi feito por Connecticut e Rhode Island (1784), e no Canadá (1793).



Escravos libertos pela primeira vez no mundo moderno.

1787 - Rhode Island aboliu o tráfico de escravos. A medida foi implantada também pelos outros estados do Norte do USA.
1804 - em todos os estados do Norte do USA, os escravos estavam emancipados.

A abolição total no USA foi decretada no final da guerra civil (1861-65) pelo Presidente Lincoln.


América do Sul

Chile em 1823
México em 1829
Bolívia e Colômbia em 1851
Equador em 1852
Argentina e Uruguai em 1853
Venezuela em 1854
Peru em 1855
Paraguai em 1869
Brasil, em 1888

O último país do mundo a abolir a escravidão - foi um país da África !
Na Mauritânia, país do noroeste da África, a escravidão só foi abolida em 1982.




Quanto a “culpa” que supostamente a sociedade brasileira atual tem.

As pessoas em geral não tem culpa alguma pelos crimes cometidos por outros humanos no passado.

A maioria da população do Estado de São Paulo é de origem italiana, alemã, polonesa, japonesa, coreana, imigrantes europeus e asiáticos que vieram para o Brasil para trabalhar no lugar dos escravos por volta de 1890-1910 !



Imigrantes italianos chegando ao porto de Santos.

Tais imigrantes que vieram para o Brasil (começaram a chegar a partir de 1890) jamais tiveram escravos, vieram para o Brasil pobres, muitos ficaram bem de vida, mas isto, foi com trabalho árduo deles próprios e não de escravos.
O progresso e a riqueza que existe no Estado de São Paulo atual, para a sua população, aconteceu em função dos imigrantes e não devido ao trabalho escravo que existiu por 400 anos sem nunca tirar a população do estado da pobreza.


Imigrantes alemães trabalhando na lavoura.

Desta forma a sociedade atual não tem "culpa" ou "dívida" moral, o povo atual do Estado de São Paulo é em sua maioria descendentes de imigrantes que vieram para cá trabalhar, trabalharam muito, estudaram, e ficaram bem de vida apenas com trabalho próprio.
E isso se estende para outros estados.


Negros, vermelhos, pardos, brancos, amarelos, todos devem ser iguais perante a lei.




7 comentários:

  1. Muito bom, há tempos estava procurando um texto que falasse do fim da eacravidao, longe daquele mimimi dos livros do MEC. Gostaria, no entanto que tivesse nomes dos principais idealizadores, os principais pensadores que levantaram a questão sobre i fim da escravidao

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    1. Obrigado.
      A libertação dos escravos, no caso dos escravos negros, foi primeiramente pensada no EUA, na Inglaterra e no Haiti, acredito q se vc pesquisar focado nestas nações vai encontrar quem foram os líderes.

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  2. Já que os brancos ficaram ricos por ''mérito'' no começo do século, pq não deram trabalho remunerado pros negros da época que acabaram de ser libertos da escravidão em vez de importar imigrantes? Esses estrangeiros tiraram seu direito da época de finalmente terem um salário, já que muitos negros já eram brasileiros de fato, nascidos aqui. Sei que os brancos da atualidade não devem essa dívida, mas temos sim que reconhecer as verdades. Essa política de abrigar imigrantes e dá-lhes emprego em vez de empregar brasileiros negros da época eram com intuito de embranquecer o país. Nenhuma nação hoje em dia se presta ao papel de prejudicar seus nativos para ajudar imigrantes, isso costuma dar até protestos violentos.

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    1. Sem dúvida essa é uma boa pergunta.
      A resposta é porque os estrangeiros, em especial italianos, alemães e japoneses, trariam tecnologia, coisa que os brasileiros, fossem eles de qualquer cor, não tinham.
      Os imigrantes não vieram para o Brasil apenas para substituir o trabalho escravo nas fazendas, grande parte deles foram para as cidades onde abriram industrias.
      Notar que os estados brasileiros que se desenvolveram foram apenas os que receberam imigrantes, em especial o Estado de São Paulo.
      Muitos negros continuaram a trabalhar nas fazendas, porém com salário baixo.

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  3. A escravidão sempre foi por classe social, não por raça. Ricos escravizavam pobres, só não concordei com a história dos ''imigrantes empregados'' de resto nada que eu já não sabia.

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    1. Desculpe, não sei a que se refere o termo "imigrantes empregados", se puder mostrar onde escrevi isso...

      Não está certo que ricos escravidão pobres, essa é uma dedução simplista.
      A história da escravidão na humanidade sempre foi insistida por impérios com grande poder e exércitos numerosos que pudessem manter os escravos nessa situação.
      Muitos impérios e reinos africanos, apesar de não serem ricos, mantinham escravos.



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  4. O autor do texto claramente esqueceu de fatos muito importantes.
    Primeiro, é totalmente ingênuo dizer que não existiu escravidão racial, a maioria dos exemplos citados mostra o contrário ose egípcios, por exemplo, escravizaram os judeus porque não os viam como gente do seu povo, os tupinambáseus escravizaram outras tribos, porque sinplesmente as viam como o outro "aquele não é dos meus, aquele o qual não consigo sentir empatia (me enxergar neles), aqueles que merecem sofrer pela escravidão", e isso se refere a uma perspectiva sociológica básica, o sentimento de pertencimento grupal. o que não tinha a palavra que usamos hoje: raças, mas com entendemos muito bem que se tratava disso. O que leva ao meu segundo ponto.
    O estranhamento por causa não só da cor, mas também dos costumes, tradições, etc., formou um sentimento de diferenciação entre um grupo e outro, o que levou a uma "ideologia" de raça. Ou iremos negar todas as teorias etnocentristas, as teorias racial, eugenistas, de purificação de raça que surgiram no século XIX e começo do século XX? Negar tudo isso, em nome de uma revisão histórica e/ou sociológica, é antes de tudo errôneo e depois ingênuo e cego.
    Agora, podem dizer "A escravidão não foram apenas os 500 anos de escravidão contra negros não, a escravidão existe desde o comecinho da humanidade, existiu nas mais diversas sociedades." Sim, preciso concordar que a escravidão não existe há apenas 500 anos, mas poderemos o ciclo escravagista dos últimos séculos foi o que mais marcou a humanidade, o que mais cometeu crimes contra a humanidade, e disso o autor não pode contrargumentar, e isso em nome de uma ideologia de raças dos próprios Estados ditos desenvolvidos e da própria Igreja fita cristã. Não se deve partir para um discurso de relativização.
    Poderia falar muito mais sobre outros temas como a Redenção de Caim temas instaurados pela religião, mas deixo pros senhores pesquisarem.

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