Em um grupo sobre filosofia do Facebook foi colocado a
seguinte questão:
"Já ouviu falar
em constantes antrópicas ? um pouco sobre o assunto :
1. Se a força
centrífuga do movimento planetário não equilibrasse precisamente as forças
gravitacionais, nada poderia ser mantido numa órbita ao redor do Sol.
2. Se o Universo
tivesse se expandido numa taxa um milionésimo mais lento do que o que
aconteceu, a expansão teria parado, e o Universo desabaria sobre si mesmo antes
que qualquer estrela pudesse ser formada. Se tivesse se expandido mais ra..."
Fiz um comentário despretensioso citando uma observação
minha:
"Se o Universo
está se expandindo, então, existe "algo" fora do Universo, fora do
espaço-tempo, e que não é espaço-tempo, para onde o Universo se expande."
Um outro membro do grupo fez o seguinte comentário:
"A Terra gira em
torno de seu próprio eixo, a uma velocidade de 1.674,71 km por hora.
Além disso, a Terra
gira em torno do sol, a uma velocidade de 106.798 km por hora.
O nosso sol,
juntamente com todo o nosso sistema estelar, gira em torno do centro de nossa
galáxia, a Via Láctea, a uma velocidade de 864.000 km por hora.
A nossa Via Láctea,
gira em torno de um grande Atrator, a uma velocidade de Dois milhões de
quilômetros por hora.
E sabe-se lá, com que
velocidade e direção esse Atrator se desloca pelo espaço...
Então, não existe
expansão, o que existe é movimento rotacional..."
Esperimento com Efeito Doppler
Eu fiquei com a nítida impressão que a pessoa estava
confundindo conceitos sobre o Efeito Doppler, mas, nada disse, escrevi o
seguinte:
"O giro de
planetas e galáxias em torno de um eixo não tem mistério, são explicados pela
Lei da Gravitação Universal de Newton, em resumo dependem da inércia e da
gravidade. Em função dessa lei a velocidade de rotação em torno de um eixo
depende das forças em ação, mas, nunca será maior q a velocidade da luz (Teoria
da Relatividade de Einstein).
No caso da expansão
cósmica, a força q atua é oposta a força de gravidade, uma vez q faz a matéria
visível de afastar em vez de atrair. O afastamento de galáxias já foi
comprovado pela ciência pela observação e medição do Efeito de Doppler e pelas
medições de Hubble desde a década de 1930.
Penzias e Wilson
ganharam o Prêmio Nobel de Física em 1978 por terem comprovado empiricamente em
1965 uma previsão da cosmologia, a existência da radiação de fundo, q é mais
uma evidência a comprovar o Big Bang.
A expansão cósmica não
tem a ver com o giro de matéria visível em torno de um eixo."
Efeito Doppler e expansão do Universo
"Em seguida a mesma pessoa anterior escreveu:
"é preciso um
esclarecimento:
As leis da natureza
são imutáveis e inquebrantáveis.
As leis da física são
uma tentativa de se explicar o funcionamento dessa natureza.
Acredita-se que o
universo está em expansão porque, há mais de 80 anos atrás, o americano Hubble
notou que quanto mais distante uma galáxia se encontra de nós, maior é a
velocidade aparente com que se afasta.
Ele mediu o chamado
efeito redshift, que demonstra que essas galáxias possuem um desvio para o
vermelho mais acentuado do que as galáxias que estão mais próximas de nós.
Contudo, um pequeno
grupo de astrônomos e astrofísicos, já há pelo menos 20 anos para cá, tem
encontrado anomalias que refutam a hipótese de Hubble.
Eles estão encontrando
várias galáxias em colisão que possuem redshifts diferentes.
Oras, como é possível
que galáxias que estejam em áreas completamente afastadas, demonstrados pelo
seu desvio para o vermelho, pudessem estar em colisão?
Esses pesquisadores
afirmam que essas galáxias estão em colisão, por dois motivos:
O efeito de redshift,
não seria a confirmação de que elas estão se afastando mais rapidamente, mas
sim de que elas estriam girando mais rapidamente em torno de seus próprios
eixos, emitindo um desvio para o vermelho mais acentuado.
E por girarem mais
rapidamente elas começam a canibalizar as galáxias que estão em rota de colisão
que possuem desvios para o vermelho menos acentuado.
Outro fator que também
deve ser levado em conta é que as galáxias que estão em colisão, estão em
colisão porque estão em órbitas próximas em torno do grande atrator.
Então, teríamos faixas
de órbitas em torno desse atrator e nós estaríamos em uma faixa mais afastada
dele, enquanto que outras galáxias estariam mais próximas dele, girando mais
rapidamente, justamente por causa dessa proximidade em torno de seu núcleo, tal
qual acontece com as estrelas de uma galáxia, que estejam mais afastadas ou
mais próximas girando em torno de seu centro galáctico.
Em ciência, nada é
definitivo, nada pode ser afirmado como verdade absoluta. Novas explicações e
evidências surgem para refutar ou confirmar uma hipótese catapultada ao patamar
de teoria.
Aguardemos então, o
desenrolar da história."
Em um sistema orbital onde planetas, estrelas ou galáxias,
giram em torno de um eixo, a distancia entre elas não muda,
uma vez que todas giram em torno do eixo, mas uma em relação a
outra ficam a mesma distância. Por isso o Efeito Doppler não existe neste caso.
Em vista desse comentário ficou evidente a mim que a pessoa,
apesar de se achar entendida no assunto, estava confundindo "velocidade de
giro" com "velocidade de afastamento", minha resposta foi:
"É bastante
ingênuo supor q astrofísicos renomados, ganhadores de prêmios Nobel, não saibam
distinguir entre a velocidade devido ao "giro de galáxias em torno de um
eixo" e a velocidade de afastamento de galáxias!
Leigos podem confundir
"velocidade de giro" com "velocidade de afastamento"....
mas astrofísicos não!
O giro de matéria
visível em torno de um eixo não causa o Efeito Doppler para um observador
referencial, uma vez q apenas giram em torno dele e não se afastam dele.
Apenas o afastamento
de matéria visível causa o Efeito Doppler.
O universo não só está
se expandindo como essa expansão é acelerada!
O Prêmio Nobel de
Física de 2011 foi concedido a Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess,
pela descoberta em 1998 da expansão acelerada do universo com a observação de
supernovas distantes feitas no Telescópio Hubblle.
Alem disso, como já
disse, outros dois premiados com Nobel descobriram a "radiação de
fundo" uma previsão da teoria do Big Bang.
Não acreditar nessa
ciência e supor q ela ñ é verdadeira baseado em supostas refutações dela no
futuro é algo q eu não faço."
Universo em expansão
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