Texto inicial:
"Diferente de
todos os outros seres naturais, o ser
humano é um ser errante, não possui de forma específica um “ambiente
natural”.
Seu “mundo” não é
estruturado de forma estática pelas exigências de seus instintos, é um mundo
aberto, sem moldura certa para as paisagens voláteis do seu devir.
Por isso, para a psicanálise, tornar-se humano
é sempre um sintoma de um longo processo de “fabricação”. Diferente de uma longa evolução pré-estabelecida pela natureza, nossa real natureza é não ter nenhuma “natureza real”.
O termo romântico: “natureza humana”, serve no máximo, para descrever de maneira ingênua, uma montagem histórica extremamente complexa."
Autor: Marcos
Oliveira
O meu comentário foi
o seguinte:
Sobre se o ser humano é um ser errante e sobre se realmente
não existe "natureza humana".
Tais conceitos são importantes para a humanidade pq, na
minha opinião, estão conduzindo a formação do "senso comum" da
humanidade e irão decidir seu destino no futuro a médio prazo.
O conceito de que não existe natureza humana a algumas
décadas e na atualidade com grande ênfase foi adotado pelo marxismo
"cultural", sempre atuando de forma inconsciente nas escolas e na
midia, visando destruir a cultura ocidental "burguesa" causa segundo
os "intelectuais" marxistas de o marxismo não ter sido aceito no
ocidente.Segundo o marxismo "cultural" é a cultura que determina o comportamento dos humanos, no caso a cultura "burguesa", por isso, não deve existir "natureza humana", uma vez que se ela existir cai por terra a alegação de que é a cultura que determina o comportamento humano.
Esse dogma marxista é a imposição doutrinária da
"famosa" frase de Rousseau - "O homem é por natureza bom, é a
sociedade que o corrompe".
Os marxistas tomaram o poder em 50 nações do mundo no século
XX, 2 bilhões de pessoas sob governo socialista, e impuseram esses conceitos,
tiveram que prender e matar milhões de seres humanos "dissidentes"
porque os seres humanos demonstraram que tem sim natureza humana, e por fim o
socialismo marxista "real" faliu porque seus conceitos estão fora da
realidade humana.
Um dos maiores exemplos que refutam esse dogma marxista foi
a afirmação de Marx de que "os proletários não tem pátria" - não tem
pátria porque não existe natureza humana, porém, os proletários alemães,
ingleses, norte-americanos, etc, já refutaram essa alegação marxista e provaram
que tem pátria sim, e essa forte emoção, o patriotismo, é fruto da natureza
humana, uma vez que os demais animais não a possuem.
Paul Ekman, um eminente psicólogo norte-americano fez
pesquisas com os indígenas da Guiné, e diversas outros estudos, com as emoções
e suas respectivas reações, expressões faciais e corporais e comprovou que elas
são universais, todos os humanos demonstram nojo (e demais emoções) da mesma
forma, isso em qq época e em qq cultura.
A própria afirmação do professor de que o ser humano é um
ser errante é um indício que essa é uma característica da natureza humana.
E veja, Freud acreditava na existência da natureza humana...
Em seu livro "O mal estar da civilização" Freud se
refere a natureza humana em duas passagens:
"Se também removermos esse fator, permitindo a
liberdade completa da vida sexual, e assim abolirmos a família, célula germinal
da civilização, não podemos, é verdade, prever com facilidade quais os novos
caminhos que o desenvolvimento da civilização vai tomar; uma coisa, porém,
podemos esperar; é que, nesse caso, essa característica indestrutível da
natureza humana seguirá a civilização." pg 30
"Acho também bastante certo que, nesse sentido, uma
mudança real nas relações dos seres humanos com a propriedade seria de muito
mais ajuda do que quaisquer ordens éticas; mas o reconhecimento desse fato
entre os socialistas foi obscurecido, e tornado inútil para fins práticos, por
uma nova e idealista concepção equivocada da natureza humana." pg 48.
Existem muitas outras colocações que eu poderia citar para
demonstrar que existe "natureza humana', mas, acho que estas três já são
suficientes.Quanto ao ser humano ser um ser errante, pode ter sido, mas, o ser humano nunca foi errante como uma pantera negra ou um urso pardo, ser errante para o ser humano foi uma necessidade vital, para sobreviver, na hora em que teve capacidade para se fixar o ser humano se fixou, criou cidades com muros para viver de forma privada.
Como afirmou Ayn Rand, em uma brilhante visão intuitiva
dessa grande filósofa - "A civilização é o avanço de uma sociedade em
direção à privacidade. O selvagem tem uma vida pública, regida pelas leis de
sua tribo. Civilização é o processo de libertar o homem dos outros
homens."
Parte dos seres humanos atuais são uma nova espécie homo que
está se formando, frágeis, delicados, não carnívoros, e que dão grande valor a
"sua" privacidade..... homo "fragilis".Essa nova espécie de ser dá grande valor ao "seu" travesseiro, a "sua" cama, e o "seu" quarto é um local sagrado, neles não existe nada de errante.
Uma pessoa que sai a rua em defesa do planeta com um cartaz
na mão que diz "Kill your self"... não é mais um homo sapiens, pois
prefere a morte dos que não são iguais a ela.
Pessoas que a algumas décadas fazem continuamente filmes
onde a humanidade é destruída por alguma invenção de suas cabeças e ficam
apenas alguns iluminados para darem origem a um "nova humanidade"...
não são mais homo sapiens....
A evolução da espécie humana não precisa mais ser no corpo
em si, pois já está bem formado, apenas alguns retoques restam, a evolução
agora é na mente, o "superego" que Freud determinou a existência é
uma evolução mental, apenas os humanos a possuem, só que, nesta nova espécie
homo "fragilis", um superego diferente se formou, e os valores deste
novo superego não são iguais ao anterior.
Mas, o anterior ainda existe em parte da humanidade, em
especial no oriente, e estas duas espécies, devido a opressão
"cultural" que a nova espécie quer impor a todos para forçar serem
iguais a ela, vai levar inevitavelmente a um choque entre ambas.
Acredito que devamos levar em conta tais coisas se quisermos
entender o que está acontecendo na humanidade atual.
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