Karl Marx foi um filósofo por formação acadêmica e um revolucionário comunista por opção pessoal.
Karl Marx escreveu na "Seção II" do "Manifesto do Partido Comunista" de 1848 o seguinte:
"Seção II - Proletários e comunistas
Em que relação se encontram os comunistas com os proletários em geral?
Os comunistas não são nenhum partido particular face aos outros partidos operários.
Não têm nenhum interesses separados dos interesses do proletariado todo.
Não estabelecem nenhum princípios particulares segundo os quais queiram moldar o movimento proletário.
Os comunistas diferenciam-se dos demais partidos proletários apenas pelo fato de que, por um lado, nas diversas lutas nacionais dos proletários eles [os comunistas] acentuam e fazem valer os interesses comuns, independentes da nacionalidade, do proletariado todo, e pelo fato de que, por outro lado, nos diversos estágios de desenvolvimento por que a luta entre o proletariado e a burguesia passa, representam sempre o interesse do movimento total.
Os comunistas são, pois, na prática, o setor mais decidido, sempre impulsionador, dos partidos operários de todos os países; na teoria, eles têm, sobre a restante massa do proletariado, a vantagem da inteligência das condições do curso e dos resultados gerais do movimento proletário."
A partir destas declarações de Marx podemos ver claramente que "proletários" e "comunistas" não são a mesma coisa!
Essa diferença já está estampada no título da seção.
Os proletários são trabalhadores que não tem "a vantagem da inteligência" na condução do processo revolucionário, quem tem essa inteligência são os comunistas!
E quem são os comunistas a que Marx se refere?
Karl Marx e os comunistas reunidos
O Manifesto Comunista foi redigido por Marx e Engels a pedido dos membros do Partido Comunista e da "Liga dos Comunistas", da qual Marx e Engels eram diretores.
A Liga dos Comunistas era uma entidade composta em sua maioria por intelectuais burgueses, como Marx e Engels, e que se transformaram em comunistas, era a eles que Marx se referia quando dizia "comunistas" - aos intelectuais comunistas.
Os proletários eram "nacionais" e os comunistas eram "internacionais", ou seja, os intelectuais comunistas eram uma "elite inteligente" internacional que iria sempre "impulsionar" o processo revolucionário no mundo uma vez que a "massa" de proletários não tinha tal inteligência, servia apenas para trabalhar.
Os proletários seriam como gado sendo conduzidos pela "elite inteligente" - os intelectuais comunistas.
Os comunistas "internacionais" na Internacional Socialista.
E assim foi nas nações que no século XX adotaram o marxismo, os comunistas, a "elite inteligente", governando e os proletários sendo conduzidos por eles.
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