Existem mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia.
Willian Shakespeare
Hamlet, Ato 1, cena 5, 159–173.
Hamlet: Consenti em jurar.
Nunca falar daquilo que hoje vistes,
Jurai sobre esta espada.
Fantasma: [Gritando sob o palco] Sim, jurai!
Hamlet: Dizes bem, oh toupeira!
Tão depressa caminhas sob a terra?
És sapador?
Mais uma vez mudemos de lugar.
Horácio: Dia e noite! Isso é muito estranho!
Hamlet: Pois como estranho demos-lhe acolhida!
Existem mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia.
Horácio, é um modelo de racionalidade, ainda está tendo dificuldades em engolir todo o negócio.
Fantasmas não são o tipo de seres que a sua "filosofia" leva em conta facilmente.
Sabemos que Horácio é, como Hamlet, um estudante da Universidade de
Wittenberg, um posto avançado notável do humanismo protestante.
A filosofia que se estuda lá é clássica, é um composto de ética, lógica e ciência natural.
A ênfase em fenômenos cotidianos praticamente exclui a especulação sobre fantasmas falantes.
Wittenberg, no entanto, não é apenas um lugar onde Horácios sóbrios debatem filosofia aristotélica.
Na peça de Christopher Marlowe (que possivelmente influenciou
Shakespeare) do final dos anos 1580, "The Tragicall History of Doctor
Faustus", Wittenberg é onde existem palestras médicas que, sobre uma
linha lateral, confraternizam-se com demônios.
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