quinta-feira, 28 de abril de 2016

Por que o socialismo é um sistema fracassado ?


O fracasso do socialismo como sociedade, comprovado pelo fracasso de dezenas nações que se tornaram socialistas no século XX (Polônia, Sérvia, Ucrânia, Rússia, Rep. Checa, Macedônia, Romênia, Hungria, Alemanha Oriental, China, Vietnã, Camboja, Eslocachia, Bielorrússia, Letônia, Estônia, Cazaquistão e muitos outros), é devido da duas razões:

1. O socialismo não possui um mecanismo para determinar quais as mercadorias que estão faltando em cada região da nação.

2. Os trabalhadores não possuem motivação para trabalhar além do mínimo necessário.


Até para um socialista convicto é fácil de entender estes dois princípios se ele fizer um mínimo de esforço!

Vamos analisar o primeiro caso.
Por exemplo o Brasil, Bahia, cidade de Salvador, como podemos saber quais mercadorias estão faltando lá ?
Como existem milhões de habitantes em Salvador não é possível perguntar para todos eles o que eles estão precisando e não encontram.
A democracia de livre mercado possui um mecanismo bastante eficaz - o sistema de preços.

Abaixo temos dois gráficos que mostram de forma bastante didática
como na democracia de livre mercado o sistema de preços informa
com precisão ao sistema produtivo o que deve produzir mais ou menos.
 


Se uma mercadoria está sobrando no mercado o preço dela diminui, se uma mercadoria está faltando o preço dela aumenta.
Isso dá ao sistema produtivo uma informação exata do que deve ser mais produzido e do que deve ser menos produzido nesse momento.
O sistema de preços é dinâmico, se dai 3 meses a situação se inverte, os preços também se invertem, e o sistema produtivo muda a produção.

O socialismo não possui esse mecanismo.
No socialismo não existe preço, para que não exista lucro, assim, o sistema produtivo fica sem saber rapidamente o que produzir, o que provoca a produção em excesso de determinadas mercadorias e a produção deficitárias de outras.
Isso eleva os custos de produção, leva a produção de bens desnecessários e a escassez de mercadorias levando ao desabastecimento.
Por isso o socialismo é um sistema economicamente incompetente na produção de mercadorias.

Vamos analisar o segundo item.
Em uma nação apenas em torno de 45% da população trabalha.
55% da população são crianças, estudantes, velhos e doentes que não trabalham, em função disto, os que trabalham tem que trabalhar em dobro para que todos possam ter o que necessitam.

No socialismo a família é desconstruída pois para o socialismo a família é uma instituição "burguesa", o estado cuida das crianças para que elas possam ser educadas de acordo com a vontade do estado socialista, por isso, não existe a motivação familiar.

O que leva um trabalhador a trabalhar além do mínimo necessário?
Se o trabalhador produz X em sua jornada de trabalho normal para que ele vai produzir 2X para que outros possam ter o que necessitam?
Para que faça isso é necessário que o trabalhador tenha uma motivação.
A família é uma motivação, o marido vai trabalhar na fábrica ou no escritório para poder sustentar a esposa e os filhos, essa é uma grande motivação para que o marido trabalhe em dobro.

Fora isso, o trabalhador vai trabalhar mais, além do necessário, se ele receber uma recompensa.
Por exemplo, se trabalhar mais, produzir mais, vai ser recompensado depois de um certo tempo com um carro novo.
Na democracia de livre mercado isso existe, o trabalhador trabalha mais e ganha mais, assim ele pode investir o excedente de seu salário em uma poupança e depois de algum tempo comprar um carro com esse dinheiro.

No socialismo isso não existe porque não existe salário.
Salário = dinheiro... e o socialista abomina dinheiro, lucro, por isso não existe motivação para o trabalhador trabalhar além do mínimo necessário.

O resultado disso é que a produção é nivelada por baixo, no socialismo não existe grande produtividade.
Isso leva ao desabastecimento, a falta de mercadorias suficientes para todos.


Isso ocorreu em todas as nações que foram socialistas no século XX!
Isso ainda ocorre na atualidade em nações que adotaram os preceitos do socialismo, como a Venezuela com o "socialismo bolivariano" e que depois de 20 anos de socialismo bolivariano encontra-se na atualidade em situação de falência social, como podemos constatar com a notícia da Folha de S.Paulo:

Crise significa menos refeições e mais carboidrato na Venezuela
CARLOS GARCÍA RAWLINS
ALEXANDRA VALENCIA
DA REUTERS, EM CARACAS
28/04/2016


Os preços em escalada e o crônico desabastecimento da Venezuela deixaram a dona de casa Alida González, 65, com dificuldades para colocar a comida na mesa.
Moradores da favela de Petare, na capital Caracas, ela e os quatro familiares agora pulam uma refeição por dia com frequência e passaram a comer mais carboidratos para substituir as proteínas que ficaram caras ou indisponíveis.

.......

Desabastecimento, falta de gêneros de primeira necessidade,
falta de comida,  isso é o socialismo.

Porém, história é algo que não é mais ensinado as crianças na escola, então, as crianças ignoram esse fato.
Os "professores" socialistas dizem para as crianças diariamente que o socialismo é uma maravilha de igualdade social e o "capitalismo" é para pessoas egoístas, com esse "ensinamento" a maioria das crianças crescem achando o socialismo algo bom e o "capitalismo" algo ruim, sem nem mesmo terem a capacidade para perceber que estão achando "bom" a ditadura (socialismo) e que estão achando ruim a democracia ("capitalismo")!

E com isso uma enorme alienação se propaga pela sociedade ocidental na direção da ditadura socialista.



quarta-feira, 27 de abril de 2016

O marxismo "cultural" dominou nas áreas de humanas no ocidente e criou o "conceito" de que somos frutos da cultura - a intenção é condenar a cultura ocidental "burguesa" que eles querem destruir

Coloco a seguir uma frase marcante de Francisco Daudt, psicanalista e médico, em seu artigo de hoje na Folha de S.Paulo

"Mas quando se trata do ser humano as forças da natureza são habitualmente desprezadas: todas as ciências humanas creem que nós somos exclusivos frutos da cultura, que a genética passa ao largo de nossos comportamentos."

É muito confortante constatar que estejam aparecendo pessoas inteligentes e com grande conteúdo de conhecimentos científicos e psicológicos que conseguem compreender a realidade atual na sociedade ocidental e que estão se manifestando com objetividade e perspicácia sobre esse tema crucial para o futuro dessa sociedade.

Perceber que "todas as ciências humanas creem que nós somos exclusivos frutos da cultura" é ter uma visão rara na atualidade em um mundo subjugado pela alienação ideológica!


Perceber que incutiram nos profissionais oriundos das ciências humanas essa ideia absurda de que somos fruto exclusivo da cultura é uma incomum percepção da realidade atual da sociedade ocidental.

Esse "conceito" de que somos frutos exclusivo da cultura foi criado pelos "intelectuais" marxistas "culturais" a partir da decepção do marxismo após a primeira guerra mundial quando os proletários não se uniram para lutar contra a burguesia como Karl Marx havia profetizado... os "intelectuais" marxistas queriam achar um culpado por não ter acontecido o que o "mestre" profetizou, o "culpado" encontrado por eles foi a cultura ocidental, e dai para frente eles passaram a criticar os alicerces da cultura ocidental com a intenção de destruí-la.

Dai para frente os "intelectuais" marxistas abandonaram a luta revolucionara e passaram a praticar a luta "cultural" que consiste em subverter e destruir os valores da cultura ocidental: a família, a moral, a ética, o direito e a filosofia do ocidente.

O "conceito" de que somos frutos exclusivo da cultura vem dessa alucinação marxista, a partir dai eles criaram a ideia de que a pobreza e a desigualdade são causadas por essa cultura "burguesa" ou "capitalista", uma enorme mentira uma vez que pobreza e desigualdade sempre existiram no mundo e na sociedade ocidental o que existe é a democracia e o estado democrático de direito que fez surgir pela primeira vez na humanidade o progresso e os direitos humanos.


E assim, com essa farsa,  os "intelectuais" marxistas conseguiram uma forma de condenar a sociedade ocidental "burguesa"...
E os iludidos alunos acreditam nessa maledicência, pois ela é dita em sala de aula pelos professores marxistas como se fosse parte da matéria das áreas de humanas nas universidades e escolas do ocidente.





segunda-feira, 25 de abril de 2016

Diante da realidade histórica que mostra enorme fracasso do socialismo no mundo por que tanta gente apoia esse sistema ditatorial e falido ?

O que existe de mais sem sentido na cabeça daqueles que defendem o estado comandando a economia na direção do socialismo é que todos sabemos da experiência histórica e presente é que:

. o estado é corrupto por natureza.
- o socialismo é economicamente incompetente por natureza.

 
Se a história e ainda o presente nos mostram isso claramente, por que existe tanta gente que defende ambas as coisas?
Temos duas razões:


. a lavagem cerebral que tais pessoas receberam durante anos em sala de aula foi muito eficaz e eles estão em alienação sem perceber a realidade.
. ou, possuem grande raiva invejosa dos bem sucedidos e os querem destruir.


É diante dessa atrofia que a sociedade ocidental está sendo confrontada e ameaçada de morte.





sábado, 23 de abril de 2016

A insensatez socialista domina nas salas de aula do Brasil

Francisco Daudt é médico psicanalista, mas, possui também qualidades no âmbito da crítica filosófica, em seu artigo de hoje na Folha de S.Paulo, ele discorre sobre democracia e sobre a maciça doutrinação socialista nas universidades e escolas do Brasil, e de como TODOS os colegas dos filhos dele na escola defendem o socialismo...
Vamos fazer alguns comentários sobre o tema.


Link do artigo:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/franciscodaudt/2016/04/1760338-hora-propicia-para-se-pensar-sobre-construcao-da-complexa-democracia.shtml

Alguns trechos deste excelente artigo:

"Por isso, lembro do ditado –"Quem não foi comunista quando jovem, não tinha coração; quem não deixou de sê-lo quando adulto, não tinha cérebro"– e me condoo com o que vejo entre os colegas de meus filhos: TODOS se declaram de esquerda, anticapitalistas, certos de que só o socialismo pode promover justiça social, e que esta consiste em distribuir os bens dos ricos, ...."
.....
"É certo que eles passaram por anos de doutrinação socialista nas aulas de história e geografia de seus colégios –é conhecida a orientação que o PCB fez há décadas de que seus quadros ocupassem todos os cargos de professores dessas matérias–,...."


***

Essa insensatez está acontecendo nas escolas, uma enorme covardia daqueles que fazem isso com crianças dentro da sala de aula.
Essa doutrinação hoje não é apenas em história e geografia, ela está em todas as áreas da área de humanas desde a universidade até o primeiro grau, e já se propaga em biológicas e exatas.

Os artífices disso, os "intelectuais" marxistas, possuídos de enorme raiva invejosa da classe média, dos ricos, esfregam as mãos de prazer ao verem seu plano de destruição da sociedade ocidental dando certo.

Essa doutrinação foca sua intenção na destruição dos valores da cultura ocidental, a saber: a família e a Moral, o Direito Romano (propriedade privada, Estado de Direito democrático), e a Filosofia Grega (Ética), bases da cultura ocidental..
Almejam essa destruição porque pensam que são tais valores que impedem o socialismo marxista de ser aceito no ocidente.
Obs. O socialismo foi implantado no oriente: China, Vietnã, Coreia do Norte, Camboja, Rússia, etc, mas, no ocidente não foi (a não ser Cuba), o marxismo pensa que isso é por causa da cultura ocidental.

Como os "intelectuais" acabaram com o ensino de história, agora o "ensino" de história tem por base o "materialismo histórico" marxista, a maioria dos jovens desconhece história, por isso não sabem que o socialismo já existiu em dezenas de nações, ja dominou sobre 2,1 trilhões de pessoas no século XX, e essa dominação resultou em tirania, milhões de assassinatos, e falência econômica.

Os "professores" dentro de sala de aula contam a mentira de que "nunca existiu socialismo", por exemplo tais "professores" dizem que na URSS "não existiu socialismo"... apesar de terem sido socialistas, como Lenin, os que criaram a URSS!

Lênin, o fundador do estado socialista soviético.
Talvez Lênin não soubesse o que é socialismo, 
talvez Lênin não tenha lido Marx,
uma vez que os "intelectuais" marxistas atuais
dizem em sala de aula que na União Soviética
que Lênin fundou não existiu socialismo!


Por que o socialismo é um sistema falido?

 
O socialismo quando toma o poder total rouba os bens das pessoas que os possuem, não só dos ricos como alardeiam, no socialismo não existe propriedade privada nem salários, tudo passa a ser do estado socialista comandado pelo partido comunista.
As riquezas roubadas sustentam o socialismo por algum tempo, na Rússia as riquezas tiradas do czar e da realeza sustentaram os socialistas soviéticos por 70 anos, mas, quando a riqueza roubada acabou, a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) foi a falência social e econômica.

O socialismo vai a falência porque sem recompensa individual por produtividade os seres humanos trabalhando para o estado produzem apenas o mínimo.
A produtividade é nivelada por baixo, e isso é um desastre porque na sociedade apenas menos da metade da população é economicamente ativa, trabalha, o restante são crianças, jovens estudantes, velhos, doentes, etc, que não trabalham, mas, necessitam de tudo que as pessoas que trabalham necessitam.


No Brasil a população economicamente ativa corresponde a 47% da população brasileira, incluindo os desempregados que em tese são ativos.

Com apenas a metade das pessoas trabalhando cada trabalhador precisa produzir por ele e por mais uma pessoa, mas, para isso as pessoas precisam de motivação, precisam de uma recompensa individual pela sua produção extra, no socialismo isso não acontece porque o socialismo abomina o lucro, e assim, a produção no socialismo tende ao desabastecimento e a miséria.


A falência social e econômica foi o que aconteceu em todas as dezenas de nações que foram socialistas no século XX, mas, a maioria dos jovens não sabe disso e são seduzidos pelos "intelectuais" marxistas que dizem a eles em sala de aula das "maravilhas" do compartilhador socialismo...





sexta-feira, 22 de abril de 2016

O que é democracia "real" ?


No seu artigo de hoje na Folha de S,Paulo o filósofo Vladimir Safatle escreveu:"Sensibilizar a opinião pública mundial para o que está ocorrendo em nosso país é obrigação de todos os que querem uma democracia real no Brasil.".
Link: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2016/04/1763633-sob-o-olhar-do-mundo.shtml

Mas, o que seria "democracia real" para Safatle?
Afinal, ele é socialista, e todos sabemos que socialistas querem acabar com a democracia que existe atualmente na sociedade ocidental - a democracia representativa, então, não é a democracia representativa que Safatle está defendendo, é outra coisa, é uma democracia "real"...

O que seria essa democracia "real" ?
Com certeza sabemos o que foi o "socialismo real", implantado em dezenas de nações no século XX - um enorme fracasso!
Mas, democracia "real" não sabemos o que seria.

Mas, ele é socialista, comunista, e na teoria socialista não existe nada de novo além de Marx!
Tudo que socialistas atuais defendem é o que Marx defendia no século XIX.

Baseado nisso, podemos deduzir que a democracia "real" de Safatle é a velha "ditadura do proletariado" de Marx...  os "proletários" (os comunistas) no poder.

Ele só quer tentar mais uma vez.


O partido comunista (o "príncipe" de Gramsci) toma o lugar na consciência das pessoas e subverte todas as relações intelectuais e morais

Depois de 80 anos os seguidores de Gramsci, os "intelectuais" marxistas, com uma ação subversiva constante nas universidades da área de humanas e nas escolas, conseguiram que o "príncipe" de Gramsci ocupasse a cabeça de milhões de pessoas na sociedade ocidental, e estas, hipnotizadas pela lavagem cerebral que lhes foi aplicada em sala de aula, passaram a ser favoráveis a destruição dos valores dessa sociedade conduzidas pelo dogma marxista de "transformar o mundo".


"O moderno Príncipe (partido comunista). desenvolvendo-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais, uma vez que seu desenvolvimento significa... que todo ato é concebido  como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso, somente na medida em que tem como ponto de referência o próprio moderno príncipe.
O Príncipe (partido comunista) toma o lugar nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a vida e de todas as relações de costumes."
Antonio Gramsci, 1935.






quinta-feira, 21 de abril de 2016

Com o fim da "dona de casa" as mulheres conseguiram a felicidade ?

Hoje a Mariliz Pereira Jorge em seu artigo "Seja uma mulher da vida" na Folha de S.Paulo diz que "Vamos encarar um fato: a dona de casa dos anos 1950 está em extinção, felizmente.".
Link: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marilizpereirajorge/2016/04/1763363-seja-uma-mulher-da-vida.shtml

Isso realmente é verdade a "dona de casa" está acabando, e não é por acaso como se poderia pensar, isso foi planejado.

O mais intrigante é que a Mariliz termina a frase com "felizmente", não sei por que ela diz isso?
Porque o fim da "dona de casa" não trouxe felicidade para as mulheres, pelo contrário, os tormentos e infelicidades das mulheres aumentaram consideravelmente!
Os milhares de divórcios e as milhões de pessoas que vivem na solidão apesar de quererem muito um parceiro são a marca registrada dessa nova sociedade sem a "dona de casa".


Cachorros e gatos nos últimos tempos passaram a ser os companheiros 
de muitas "mulheres emancipadas"

Fonte da foto:   http://www.areah.com.br/cool/gato/materia/88086/1/pagina_1/o-misterio-das-mulheres-que-tem-gato.aspx

A Mariliz continua esse parágrafo com: "Aquela vida devia ser um tédio. A mulher era condenada a passar seus dias confinada dentro de quatro paredes com a televisão e o rádio como companhia. Uma rotina infame de limpar a casa diariamente, preparar almoço e jantar, lavar, passar, deixar o taco do chão tão limpo que dava para escorregar, esperar o marido chegar em casa, de banho tomado e sem reclamar. Presídios deviam ser mais divertidos."

Que coisa....
Isso não é verdade, a vida da minha mãe era assim e ela não se sentia infeliz muito menos prisioneira.
Muitas mulheres estão prisioneiras hoje!
Prisioneiras da solidão.

No relato do artigo parece que o marido passou o dia todo se divertindo no clube jogando futebol ou nadando na  piscina enquanto a pobre esposa ficou trabalhando em casa!
Porém, isso não é verdade!
O marido, ele sim esteve preso o dia todo na fábrica trabalhando sob ordens de chefes nem sempre amigáveis.

As donas de casa da década de 1950 não eram prisioneiras, podiam sair de casa a hora que quisessem, passear, visitar amigas, ir ao clube, ter uma vida normal.
Ambos, a esposa e o marido trabalhavam em prol da família, ela em casa e ele na fábrica, e a noite ou nos fins de semana os dois junto aos filhos ficavam juntos para laser.
Existia felicidade sim, não permanente, claro, mas, existia, e existia paz também.
Paz que não existe mais.

O fim da dona de casa não foi algo espontâneo, natural, que aconteceu porque as condições sociais espontâneas determinaram essa mudança, não, essa mudança aconteceu devido ao ativismo feminista que teve origem no marxismo "cultural".

Os "intelectuais" marxistas depois da decepção ocorrida na primeira guerra mundial (1.919) quando os proletários não se uniram para combater a burguesia como Marx havia previsto que aconteceria (O "Proletários, uni-vos!" do Manifesto Comunista), deixaram a luta revolucionária e partiram para a luta "cultural", uma das metas dessa luta era e ainda é acabar com a família "burguesa", que segundo essa ideologia "cultural", é, junto como Direito Romano e a Filosofia Grega, a causa do socialismo não ter sido aceito no ocidente.

A família, marido, esposa, filho, filha, avô, avó, etc,
 para o marxismo é a causa do socialismo não ter 
sido implantado na sociedade ocidental, por isso, 
o marxismo quer acabar com a família.

Para os artífices dessa ideologia, Lucáks, Gramsci, os "intelectuais" membros da "escola" de Frankfurt e muitos outros "intelectuais" socialistas, a cultura ocidental era a causa do socialismo não ter sido implantado no ocidente, e eles tinham que destruir essa sociedade "burguesa", tinham que destruir a família "burguesa".
Infelizmente, depois de 80 anos de doutrinação nas universidades da área de humanas e nas escolas eles estão conseguindo destruir a família, o Direito e a Filosofia, e com elas a sociedade ocidental.

E muitos inocentes saúdam isso como uma vitória!
Mas, será uma vitória de Pirro porque de seus escombros emergirá mais uma vez a ditadura socialista.











terça-feira, 19 de abril de 2016

Os intelectuais socialistas nunca se cansam... agora querem a "renda básica universal"


João Pereira Coutinho
Dinheiro para todos

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2016/04/1762492-dinheiro-para-todos.shtml?cmpid=compfb

"Quando falo em "renda básica universal", pretendo dizer isso mesmo: todos os adultos, independentemente de serem ricos ou pobres, trabalhadores ou indolentes, teriam direito a receber por mês uma quantia fixa (e vitalícia) que os colocaria bem acima da linha da pobreza.
Naturalmente que haveria variações regionais: a Finlândia pondera atribuir 800 euros (R$ 3.240) por mês a cada cidadão; a Suíça, que vai realizar um referendo a respeito, sobe a fração para US$ 2.800 (R$ 10.017)."

Acredito que João Pereira Coutinho esteja fazendo uma brincadeira, não acredito que ele seja favorável a esse absurdo socialista.
Para dar X bilhões para toda a população adulta sem que essa necessite produzir sequer um alfinete é necessário que esse doador tenha capacidade de produzir X bilhões.
Essa ideia é um absurdo por que não se faz a pergunta óbvia: quem vai bancar essa enorme doação?
Será que seria o "estado"? Mas, sabemos, o estado nada produz!

Isso nada mais é que a antiga frase conceitual socialista: "De cada um segundo sua capacidade; A cada um segundo sua necessidade.", que como sabemos da história do século XX foi posta em prática em dezenas de nações onde o socialismo tomou o poder e foi um colossal fracasso.

Não vivemos no Paraíso, vivemos na natureza hostil onde os recursos são escassos e é necessário muito trabalho para obtê-los.

Nota: a frase conceitual do socialismo: "De cada um segundo sua capacidade; A cada um segundo sua necessidade.", é uma inequação, se chamarmos o primeiro termo da frase de A e o segundo de B, para que o objetivo dê certo obrigatoriamente teríamos que ter:


A >= B
Ou seja, produção >= consumo.

Se for A < B,
a produção é menor que o consumo, e vai acontecer desabastecimento progressivo até chegar a falência econômica.

Isso já aconteceu no século XX em dezenas de nações socialistas, porém, mesmo com essa realidade histórica, para desgraça da humanidade a alienação dessa ilusão se renova geração após
geração.
Os intelectuais socialistas acabaram com o ensino de história, uma das razões é para que os jovens não saibam as loucuras e fracassos que o socialismo já teve no passado




segunda-feira, 18 de abril de 2016

Marxismo "cultural" - o mensageiro do ódio

Em seu artigo de hoje na Folha de S,Paulo (ver link no final) o filósofo  Luiz Felipe Pondé fala sobre o marxismo dominante no ensino de humanas no Brasil, por exemplo ele escreve:

"Mesmo após o teatro do impeachment, a história do Brasil narrada pelo PT continuará a ser escrita e ensinada em sala de aula. Seus filhos e netos continuarão a ser educados por professores que ensinarão esta história. Esta história foi criada pelo PT e pelos grupos que orbitaram ao redor do processo que criou o PT ao longo e após a ditadura. Este processo continuará a existir. A "inteligência" brasileira é escrava da esquerda e nada disso vai mudar em breve. Quem ousar nesse mundo da "inteligência" romper com a esquerda, perde "networking"."


Infelizmente Pondé está relatando a realidade do Brasil....

Em outra parte do texto Pondé diz: "O materialismo dialético marxista, mesmo que aguado e vagabundo, com pitadas de Adorno, Foucault e Bourdieu, continuará formando aqueles que produzem educação, arte e cultura no país.".

Exatamente isso!

Já peguei muitos marxistas em debates falando dessa "dialética" que nem mesmo sabem o que seja!

O tal do "materialismo dialético marxista" é uma enorme farsa... fico triste em saber que milhares de jovens acreditam que essa farsa existe...

Já desafiei dezenas de marxistas a me apresentarem um texto Marx - texto de Marx - não textos des "analistas", onde Marx tenha usado a dialética para obter a síntese de alguma coisa.
Nunca ninguém apresentou, o último a semana passada no Facebook, depois de meia dúzia adjetivações e risadas, e de me chamar de "fascista", deletou a conversa e sumiu.

Infelizmente a "cultura" e o "ensino" no Brasil estão nas mãos dessa gente....
Por isso a cultura no Brasil é fraca e nada produz de bom, em se tratando de cultura o Brasil está abaixo dos países latino americanos.
Comparações com Europa, EUA, Canadá, Japão, Austrália são impossíveis de serem feitas.

O "ensino cultural" no Brasil produz apenas ódio contra a "elite", produz "revolucionários" com muita raiva contra "os ricos", e acabou com o pouco de conhecimento que existia no Brasil.

Pondé estima em 50 anos para isso acabar.... duvido, isso já existe a 70 anos e está enraizado de tal forma  no Brasil que não sairá nunca!

A solução que Pondé aponta também não funcionaria porque os agentes "culturais" vão sugar todo seu sangue.

O Brasil só vai mudar se o socialismo tomar posse total do Brasil (o que não acredito que aconteça), acabar com a propriedade privada e com o sistema de salários que Marx abominava, e fundar aqui a "ditadura do proletariado" ansiada por Marx por toda sua vida, e essa ditadura deve durar no mínimo 50 anos, como foi na Hungria, na Polônia, na Rep. Checa, na Alemanha Oriental, esse tempo é necessário para que o povo possa aprender com o sofrimento que o socialismo dos "intelectuais" produz, e depois de 3 gerações sob o jugo do socialismo, talvez não nasçam mais jovens que achem o socialismo coisa boa, e, se conseguirem se livrar dele, renascerão e nunca mais esquecerão o mal que produz esse mensageiro do ódio.


Link para o artigo na Folha de S,Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2016/04/1761876-a-historia-do-brasil-do-pt.shtml




domingo, 17 de abril de 2016

O nascimento da deusa Palas Atena

A história da cidade de Atenas se inicia com um mito.

A patrona da cidade, a deusa Atena (Palas Atena, deusa da guerra e da sabedoria), nasce sem o amparo do útero materno, o que ficou conhecido como uma "raríssima paternidade virginal".
Veio ao mundo equipada com armas, e foi dada a luz desde um habitáculo curioso: a cabeça de Zeus.




Atena com capacete e levando a cobra de Erictonio em uma cesta, 
obra em mármore romano do século I. 

O mais poderoso deus do Olimpo sofria a já algum tempo de dores na cabeça que se manifestavam no mundo como acontecimentos meteorológicos, tais como fortes tempestades, raios, fortes chuvas, etc, até que Hefesto, o deus ferreiro, resolveu o problema em um só golpe na cabeça de Zeus!
Da abertura no crânio de Zeus surgiu Atena, a quem rapidamente Hefesto pediu como esposa em pagamento pela solução do problema de Zeus.
No entanto, a deusa rejeita a proposta desinteressante (Hefesto era coxo e infeliz).


Atena e Heracles, pintura ática de figuras em vermelho, 480-470 a.C.

Talvez este seja um dos primeiros vislumbres históricos, embora de origem mítica, onde foi dada livre escolha a uma mulher em um ambiente no qual, já bem sabia Hera, esposa e irmã de Zeus, que sofreu como figura feminina sendo sujeita na maioria dos casos, as artimanhas de divindades masculinas.

Posteriormente, Hefesto em uma tentativa desesperada se lançou sobre Atena, mas, não conseguiu uma relação amorosa com ela, sua ação resultou em uma luta divina, porém, quando o deus ferreiro tocou Atena, devido a grande excitação ele ejaculou e para sua infelicidade seu sêmen foi para a terra, solo mortal.
O resultado disso foi o nascimento de Erictonio, que um dia se tornaria rei de Atenas.


Palas Atena, busto datado de 430-420 a.C

Durante o reinado de Erictonio, Atena competiu com o irmão de Zeus, Poseidon, para obter o patrocínio de Atenas.
Poseidon ofereceu aos atenienses um cavalo invencível na corrida e poderoso em batalha.
No entanto, Atena presenteou Atenas com o óleo de oliveira, madeira forte e que podia ser cultivada em terreno adverso.
Nessa disputa a deusa saiu vitoriosa, e foi saudada desde então como padroeira de Atenas.





A felicidade para Aristipo

"A felicidade para Aristipo (filósofo grego contemporâneo de Sócrates) consiste no prazer; um maior prazer, maior felicidade; e, como o prazer mais intenso é o sensível, este é o que devemos seguir.
Dentro do prazer sensível só interessa o prazer presente.
Sem que tenhamos que nos preocupar com o futuro, já que este é incerto.
A prudência é o que guia na busca do prazer, para saber escolher o mais adequado; mas o homem não deve ser dominado pelo prazer, mas dominá-lo (isso implica em um certo ajuste hedonista) "

Diógenes Laércio, filósofo grego do século III.






sábado, 16 de abril de 2016

A Tragédia Grega

Nietzsche ressalta com muita ênfase um divisor de águas na história do pensamento humano
Nietzsche disse que existiu um divisor de águas na história da humanidade, antes de Sócrates e Platão, e depois deles.
Nietzsche observou que antes deles a humanidade vinha como existia desde os tempos pré-históricos onde a dura realidade da vida humana em luta contínua contra a natureza e contra as demais espécies era a tônica pois essa sempre tinha sido a realidade humana no mundo.
Porém, depois deles, a partir deles, em especial Platão, a ilusão foi introduzida na humanidade.
Nietzsche marca essa fronteira com o fim gradativo da tragédia grega e do culto do deus Dionísio.
Em vista disso vamos colocar alguma coisa sobre a Tragédia Grega.

A Tragédia Grega foi uma forma dramática popular e influente encenada nos teatros em toda a Grécia antiga a partir do final do século VI aC.
Os dramaturgos mais famosos do gênero foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides e muitos de seus trabalhos permaneceram sendo encenados por séculos após a sua apresentação inicial.
A Tragédia Grega originou a Comédia Grega e, em conjunto, esses gêneros formaram o alicerce sobre o qual todo o teatro moderno ocidental se baseia.

Teatro grego

As origens da tragédia
As origens da tragédia não são um consenso, alguns associam a sua ascensão em Atenas, com a arte inicial grega no desempenho lírico e da poesia épica.
Outros sugerem uma forte ligação com os rituais realizados no culto ao deus Dionísio onde existia um ritual com uma canção com nome parecido com "tragédia" e o uso de máscaras.
Dionísio ficou conhecido como o deus do teatro e do vinho e talvez por isso exista uma outra conexão - os ritos com bebidas o que resultavam na adorador perder o controle completo de suas ações e emoções e tornar-se uma outra pessoa.
A música e dança de ritual dionisíaco foi mais evidente no papel do coro e da música, elementos rítmicos também foram preservados no uso de palavras faladas dos rituais.

A encenação da Tragédia
Era realizado em um teatro ao ar livre como o de Dionísio em Atenas e aberto a toda a população do sexo masculino (a presença de mulheres não era permitida), o enredo das tragédias eram quase sempre inspirados em episódios da mitologia grega, que devemos lembrar faziam parte dos cultos religiosos gregos.
Como isto era um assunto sério, muitas vezes tratados com aspectos morais, não era permitida nenhuma violência no palco e a morte de um personagem tinha de ser restrita ao palco.
Da mesma forma, pelo menos nos estágios iniciais, o autor não podia fazer comentários ou declarações políticas durante a encenação, e o tratamento mais direto dos acontecimentos contemporâneos tiveram que esperar a chegada do gênero menos austera e convencional, comédia grega.
Posteriormente passaram a relatar acontecimentos da Grécia.
As primeiras tragédias tinham apenas um ator que vestiria um traje adequado e usaria uma máscara, permitindo-lhe se passar por um deus.
Aqui podemos ver uma ligação com o ritual religioso, no início tal encenação pode ter sido feita por um religioso.
O coro era formado por um grupo de até 15 atores que cantavam e dançavam.
Alguns procedimentos do ator durante a encenação foram mudando usando uma pequena tenda atrás do palco que viria a se tornar uma fachada monumental, e assim a peça passou a ser repartida em episódios distintos.
É creditada a Frínico a ideia de dividir o coro em diferentes grupos para representar homens, mulheres, idosos, etc. (embora todos os atores no palco eram do sexo masculino).
Em seguida foram introduzidos dois e depois três atores no palco, no entanto, uma peça podia ter muitos artistas não falando nada.
Finalmente, é creditado a Agatão a introdução de interlúdios musicais alheios à história em si.
Os autores dos textos das tragédias.
O primeiro dos grandes poetas trágicos foi Ésquilo, 525 -456 a.C.
Inovador, acrescentou um segundo ator para funções menores e pela inclusão de mais diálogo em suas peças, ele acrescentou mais drama nas histórias já familiares para as suas plateias.
Ésquilo, muitas vezes mudava o tema entre as peças.
Uma das peças dele é a trilogia Agamêmnon, As Coéforas e As Eumênides, conhecidos coletivamente como A Oresteia.
O trabalho de Ésquilo é dado que consistiu em pelo menos 70 peças das quais apenas 6 ou 7 sobreviveram íntegras.
O segundo grande poeta trágico foi Sófocles, 496-406 aC.
Foi muito popular, ele acrescentou um terceiro ator no processo e empregou cenário pintado e mudanças de cenário durante a encenação.
Três atores permitiram mais sofisticação em termos de enredo.
Uma de suas obras mais famosas é Antigona (442 aC)(Antígona, filha de Édipo, e irmã de Etéocles e Polinice), no qual o personagem principal paga o preço final para enterrar seu irmão Polinices contra a vontade do rei Creonte de Tebas.
É uma situação clássica de tragédia - o direito político de terem os traidores os direitos fúnebres negados contrastado com o direito moral de uma irmã tentando sepultar seu irmão.
Outros trabalhos incluem Ájax, As Traquínias, Édipo Rei, Electra e Filoctetes, Sofocles escreveu mais de 100 peças, das quais sete sobreviveram.
O último dos autores clássicos da tragédia foi Euripides (484-407 aC), conhecido por seus diálogos inteligentes e um certo realismo em sua apresentação no palco.
Ele gostava de fazer perguntas embaraçosas e abalar o público com seu tratamento instigante de temas comuns.
Dos cerca de 90 peças que compôs 19 sobreviveram, entre elas a mais famosa é Medeia, onde Jason, famoso pelo Velocino de Ouro, troca a personagem do título pela a filha do rei de Corinto, como vingança Medeia mata os próprios filhos.

O legado da Tragédia.
Os trabalhos dos autores de tragédias, em especial os dos três principais, passaram a ser estudados nas escolas gregas.
No mundo romano, as tragédias foram traduzidas e encenadas em latim, em Roma a tragédia grega deu origem a uma nova forma de arte do século I aC, a Pantomima.
E de Roma foi divulgada e estudada no mundo ocidental.


Filosofia grega slássica - Escola Eleática

Xenófanes de Colofão, Ξενοφάνης ὁ Κολοφώνιος, 570-528 aC.

Foi um filósofo grego nascido ao norte de Mileto, uma cidade famosa para o nascimento da filosofia devido ter sido a casa do primeiro filósofo ocidental, Thales.
Ele é considerado um dos mais importantes dos chamados filósofos pré-socráticos pelo seu desenvolvimento e síntese do trabalho anterior do Anaximandro e Anaxímenes (que seguiu Thales), mas, principalmente, para pelos seus argumentos relativos aos deuses.
A crença predominante da época era que havia muitos deuses que se comportavam como os mortais. Xenófanes alegou que havia um só Deus, um ser eterno, que não compartilhava atributos com seres humanos.
Os filósofos jônicos anteriores, Anaximandro e Anaxímenes, eram essencialmente preocupados com a identificação da substância básica de 'ser', da realidade que constitui a vida eo mundo.
Anaximandro identificou esta substância como o apeiron, o ilimitado, ou sem limites, ele queria se referir a forma subjacente da existência.
Seu aluno Anaximenes desenvolveu esta teoria, afirmando que o ar era a substância básica em que o ar era "ilimitada e sem limites", mas que os efeitos do ar (vento, hálito) podem ser observados.
Em vez de um apeiron invisível, então, existia um fenômeno observável para o estudo.
Anaximenes reconheceu que "por rarefação, o ar torna-se fogo, e, por condensação, o ar torna-se, sucessivamente, vento, água e terra.

Diferenças qualitativas observáveis (fogo, vento, água, terra) são o resultado de alterações quantitativas, ou seja, do quão denso é o princípio básico.
Xenófanes inspirou-se em ambas as teorias anteriores, mas reconhecia neles um significado religioso.
O apeiron de Anaximander e o ar de Anaximenes ficam para trás, Xenophanes reivindicou a existência de uma força maior do que qualquer outra, ou simplesmente: Deus.
Xenófanes escreve que este Deus "vê por toda parte, pensa tudo, ouve tudo e permanece sempre no mesmo lugar, sem se mover. Nem é justo que ele deva ir e vir, primeiro a um lugar, em seguida para outro, mas sem. existe ele em todas as coisas em movimento com o pensamento de sua mente ".
Estas alegações a respeito de uma única divindade foram uma ruptura radical com os deuses antropomórficos do Monte Olimpo, que foram pensados para interagir diariamente e interferir na a vida dos mortais.

O Deus de Xenófanes era transcendente, incriado, e espírito invisível.
Ele descartou o dito popular dos deuses como superstição, considerando que o arco-íris foi dado como uma manifestação da deusa Íris, Xenófanes alegou que: "Ela a quem os homens chamam de Iris é, na realidade, uma nuvem, roxo, vermelho e verde para a visão".
Ele argumentou ainda que, "Homero e Hesíodo atribuíram aos deuses tudo o que é infâmia e opróbrio entre os homens: o roubo e adultério e enganar uns aos outros".
Mortais suporem que os deuses nascem e têm roupas e vozes e formas, como a sua própria, mas se bois e cavalos tivessem mãos e pudessem pintar com elas pintariam como fazem os homens, os cavalos pintariam imagens de cavalo de deuses e os bois de bois, e cada um iria moldar em deus corpos como seus próprios.

Os etíopes consideram os deuses de nariz chato e negros; os trácios de olhos azuis e cabelos vermelhos....
Há um só Deus, entre os deuses e os homens o maior, não como todos os mortais no corpo ou na mente.
Embora isso possa parecer uma compreensão teológica familiar nos dias de hoje, foi de forma alguma um conceito comum no tempo Xenófanes. Porém, ele parece ter enquadrado o seu Deus único ao lado do panteão aceito das muitas divindades da Grécia, a fim de tornar o conceito mais palatável para seu público.

Embora ele sempre falasse de "muitos deuses" é claro que ele não acreditava que eles existessem em qualquer lugar, mas sim, nas mentes das pessoas.
Como tais alegações eram uma ofensa grave na época, Xenófanes pode ter incluído essas referências aos deuses simplesmente como uma forma de evitar problemas.
Escritores posteriores, talvez influenciados por duas caracterizações passageiras de Xenófanes por Platão (sofista) e Aristóteles (Metafísica) identificaram-no como o fundador da escola eleática da filosofia (que alegou que, apesar da ilusão dos sentidos, o que existe é realmente um imutável, imóvel, e eterno "Uno"). Este ponto de vista foi amplamente rejeitado, no entanto, e Xenófanes é agora visto como uma figura solitária e crítica das divindades antropomórficas do seu tempo.
Xenófanes foi professor de Parmênides e os dois filósofos compartilharam o conceito fundamental de que a existência vem de uma única força, unificadora. O reconhecimento deste vigor permite a obtenção de um entendimento preciso e mais claro do mundo e nosso lugar nele.
Xenófanes viajou muito, recitando sua poesia e, ao fazê-lo, espalhava sua filosofia. Entre eles estava o seu reconhecimento da relatividade e da limitação do entendimento humano. Ele escreveu: "Os deuses não revelaram todas as coisas desde o início para os mortais, mas, procurando, os homens descobrem no tempo o que é melhor.".
As ideias de Xenófanes certamente influenciaram escritores posteriores, principalmente Sócrates e, depois dele, Platão.

O conceito de Deus de Xenófanes, como mencionado acima, influenciou Parmênides e seu trabalho contribuiu para a teoria de Platão das Formas e do motor imóvel de Aristóteles, fornecendo como uma base filosófica para o desenvolvimento do monoteísmo.
Apesar de bastante diferente em detalhes, as Formas de Platão e o Motor Imóvel de Aristóteles ambos postulam a existência de um reino maior que é responsável pelo mundo observável.
Xenófanes provavelmente teria aprovado ambas as teorias, mas, de acordo com sua insistência no pequeno alcance da compreensão humana, teria dito que estava próximo da verdade sem ser realmente verdade.
Xenófanes nem sequer considerou os seus próprios pontos de vista como sendo objetivamente verdadeiros, só que eram mais válidos do que as crenças daqueles que o cercavam.
A respeito de seu ensino, ele escreve: "Que essas coisas, então, sejam verdade", não como a própria verdade. Somente o único Deus sabe a verdade",
Xenófanes reivindicou que os mortais só fazem uma abordagem, nunca compreendem completamente.

Filosofia grega clássica - Escola Jonica


Foi um grupo pré-socrático de filósofos gregos dos séculos VI e V aC.

A maioria deles nasceram em Jônia. Seus membros eram principalmente preocupados com as origens do Universo e com as forças que o moldaram e os materiais de que é composto.
Thales, seu sucessor Anaximandro e Anaximenes, eram todos de Mileto.
Outros membros proeminentes incluídos foram Anaxágoras, Diogenes de Apollonia e Arquelau.
Essa primeira linha filosófica grega é também conhecida como a escola de Mileto.

Thales (thā`lēz), 636-546 aC.
Filósofo grego pré-socrático de Mileto e reputado fundador da escola Mileto da filosofia.
Ele é o primeiro filósofo ocidental conhecido.
Thales ensinou que tudo na natureza é composto por um material básico, o que ele pensava ser água.
Antes de Thales, a mitologia tinha sido utilizada para explicar a natureza do mundo físico; a filosofia da Thales não reside na sua resposta, mas, em sua abordagem.
Embora aparentemente ele não tenha escrito nada, acredita-se que tenha introduzido a geometria na Grécia e também tenha sido o astrônomo que previu um eclipse do sol em 585 aC
Thales foi um prático e estudou problemas especulativos.
Foi reconhecido como sendo um dos Sete Sábios da Grécia e pela sua exortação à unidade entre os gregos jônicas.

Anaximandro (ənăk'sĭmăn`dər), 611-547 aC.
Filósofo grego, foi aluno de Thales
Ele fez a primeira tentativa de oferecer uma explicação detalhada de todos os aspectos da natureza.
Argumentou que uma vez que existem tantos tipos diferentes de coisas, todas elas devem ter se originado a partir de algo menos diferenciada do que a água, e essa fonte primária, ilimitada ou indefinida (apeiron), sempre existira, enche todo o espaço, por movimento constante, separados e opostos fora de si mesmo, por exemplo, quente e frio, úmido e seco.
Estes opostos interagem ao invadem um ao outro.
O resultado é uma pluralidade de mundos que se decompõem sucessivamente e voltam para o indefinido.
A noção de tempo indeterminado e seus processos levou depois ao conceito da indestrutibilidade da matéria.
Anaximandro também fez uma teoria da relação de Terra para os corpos celestes que é importante na história da astronomia.
Sua visão de que o homem conseguiu seu estado físico por adaptação ao meio ambiente, que a vida tinha evoluído de umidade, e que o homem desenvolveu-se a partir de peixe, antecipa a teoria da evolução de Darwin!

Anaximenes (ăn'əksĭm`ĭnēz), 588-524 aC.
Como Thales ele declarou que um único elemento estava por trás da diversidade da natureza, e como Anaximandro ele procurou um princípio para explicar a diversidade.
Ele acreditava que o único elemento era o ar.
O princípio da diversificação ele dizia que foi rarefação e condensação.
Diferentes objetos foram, por conseguinte, apenas diferentes graus de densidade de um elemento de base.
Anaximenes antecipou o modelo da prática científica moderna, que procura explicar as diferenças qualitativas quantitativamente.

Anaxágoras (ăn'əksăg`ərəs), 500-428 aC.
Ele estava intimamente associado com muitos atenienses famosos e pode ter sido o professor de Sócrates.
Era sua crença a de que o sol era uma pedra branca e quente e que a lua foi feito de terra, que refletia os raios do sol resultou em uma acusação de ateísmo e blasfêmia, obrigando-o a fugir para Lampsacus, onde morreu.
Rejeitou os quatro elementos (terra, ar, fogo e água), postulava uma infinidade de partículas, ou "sementes", únicas em suas qualidades.
Todos os objetos naturais são compostos de partículas com todos os tipos de qualidades; uma preponderância de partículas semelhantes, embora não idênticas cria a diferença entre a madeira e pedra.
Anaxágoras pensava que o Universo antes da separação foi uma massa infinita, indiferenciada.
A formação do mundo foi devido a um movimento de rotação produzido nesta massa por uma mente que tudo permeia (nous).
Isto levou à separação fora das "sementes" e a formação das coisas.
Embora Anaxágoras seja o primeiro a dar a mente um lugar no universo, ele foi criticado por Platão e Aristóteles por apenas concebê-lo como uma causa mecânica, em vez de o autor da ordem.
Obs. Platão foi o fundador do idealismo que deriva de uma mente perfeita as coisas imperfeitas do mundo, Platão foi a origem das religiões monoteístas.

Diógenes de Apolônia (dīŏj`ənēz ăpəlō`nēə), 499-428 aC.
Foi eclético, ele reverteu a tradição da escola de Mileto em busca de uma explicação da constituição de toda a matéria em termos de um único material básico.
Ele acreditava que esta substância era o ar e que um princípio de inteligência, ou Nous, foi responsável por governar e difusão do ar.

Arquelau (Ἀρχέλαος), sec. V aC.
Foi aluno de Anaxágoras, e pode ter sido um professor de Sócrates.
Ele afirmou que o princípio do movimento foi a separação de o quente do frio, da qual ele se esforçou para explicar a formação da Terra e da criação de animais e seres humanos.
Resumo.
Podemos perceber que a filosofia jônica teve um grande esplendor nos seus primeiros filósofos, que foram mentes alem de seu tempo, depois essa filosofia se dissipou indo para Atenas.
A filosofia jônica, por ser a primeira, foi espetacular, era prática e trabalhava com a realidade, infelizmente essa filosofia depois foi criticada e apagada por Sócrates, Platão e em menor escala por Aristóteles, que deixaram a realidade e passaram a crer em um "mundo das ideias' perfeito.

#filosofia

A democracia propiciou que as mulheres tomassem o poder.

Notícia na Folha de S.Paulo
Com quatro mulheres, ONU tem eleição para secretário-geral inédita


As mulheres estão dominando na humanidade, com muito mais ênfase na sociedade ocidental, mais ainda na Europa e EUA, a democracia representativa propiciou que as mulheres tivessem acesso ao poder apesar de serem o "sexo frágil".
Antes não, porque antes, salvo as exceções, os homens, que são mais fortes fisicamente, detinham o poder, com a democracia isso mudou, não é mais o mais forte que vence, na democracia todos são iguais perante a lei, cada pessoa tem direito a um voto, e as mulheres ficaram deslumbradas com isso e se tornaram ativas politicamente, e com isso estão ocupando cada vez mais postos importantes.
 



Mas, o motivo de comentar essa notícia é outro, é a ONU, ou melhor essa foto da ONU em Assembleia.
Esse lugar parece um templo religioso...
Um templo com um altar bem no alto com sacerdotes imponentemente sentados bem acima dos demais, que estão sentadinhos no auditório bem abaixo deles.

Essa imagem da uma mostra do que a ONU se tornou, uma instituição fechada, escura e com nenhuma transparência, e ineficiente.

Será que as mulheres vão mudar isso?





terça-feira, 12 de abril de 2016

Os nomes originais das operações da Lava Jato


A Operação Lava Jato além da eficiência policial e judicial também possui inspiração artística na escolha dos nomes das operações, que se mostram bastante interessantes!
Vejamos quais são:
 
 
LAVA JATO
Operações

Juízo Final
My Way
Que País é esse
A Origem
Conexão Mônaco
Politeia
Radiotividade
Pixuleco
Pixuleco II
Nessun Dorma
Corrosão
Passe Livre
Catilinárias
Triplo X
Acarajé
Aletheia
Polimento
Xepa
Carbono 14
Vitória de Pirro
















 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A causa do preconceito segundo Sartre.


Sartre tinha parte de seu sangue dos judeus, por parte de mãe, e talvez por isso tenha se interessado em falar sobre a questão judaica.
A guerra e o holocausto com certeza também deram a ele a motivação para falar do assunto.
A filosofia de Sartre era existencialista, mas, no caso da sua opinião sobre a questão judaica, na minha opinião, esta mais para uma "crítica social" do que para existencialismo.
Em todo caso, as palavras de Sartre são importantes e no meu entender ele vai no cerne da questão e identifica corretamente o que move o "anti" semita no caso.
Vou colocar a seguir trechos escritos por Sartre, nada melhor do que a própria palavra do autor para explicar o que ele pensa.
Ao fim dos textos vou expressar rapidamente a minha opinião.

***

“Fica evidente que nenhum fator externo pode levar o anti-semita ao anti-semitismo.
O anti-semitismo é uma escolha livre e total de si mesmo, é uma atitude global que alguém adota não aomente para com os judeus, mas para com todos os seres humanos, com a história e a sociedade, é tanto uma paixão quanto uma visão de mundo..."

“O homem racional procura angustiosamente a verdade, sabe que seus raciocínios são apenas prováveis, de que outras considerações vão colocá-los em dúvida; nunca sabe bem para onde está indo; é “aberto”, pode até ser tomado por hesitante.
Mas existem pessoas que são atraídas pela constância das pedras.
Querem ser maciças e impenetráveis, não querem mudar – pois aonde a mudança as levaria?
Trata-se de um medo primordial de si mesmos e um medo da verdade.
E o que as assusta não é o teor da verdade, do qual nem desconfiam, mas sim a forma do verdadeiro, esse objeto de contornos indefinidos.
É como se a própria existência dessas pessoas estivesse permanentemente em suspenso.
Mas, elas querem opiniões adquiridas, querem opiniões inatas, como têm medo de raciocinar, querem um modo de vida no qual o raciocínio e a indagação tenham papel apenas subalterno, no qual só se busque o que já se descobriu, no qual o que já é nunca se transforme.
Para isso, resta apenas a paixão.
Apenas um forte preconceito pode produzir uma certeza fulgurante, apenas ele pode subjulgar o raciocínio, apenas ele pode permanecer impermeável à experiência e durar toda uma vida.
O anti-semita escolheu o ódio porque o ódio é uma fé; antes de mais nada, preferiu desvalorizar as palavras e as razões.
Agora se sente à vontade, e as discussões sobre direitos dos judeus lhe parecem fúteis e levianas – pois logo de início ele já se colocou em outro terreno.
Se, por cortesia, consente em defender por um instante o seu ponto de vista, ele se presta a fazê-lo, mas na realidade não o faz e simplismente tenta projetar no plano do discurso a sua certeza intuitiva.”

“O anti-semitismo não existe apenas pelo prazer de odiar, acarreta também prazeres positivos: tratando o judeu como ser inferior e pernicioso, está também afirmando que pertençe a uma elite.
E esta elite é muito diferentemente das elites modernas que se baseiam no mérito e no trabalho, assemelha-se em tudo a uma aristocracia de sangue.
Não preciso fazer nada para merecer minha superioridade, e não há como perdê-la.
É dada para sempre – é uma coisa.”

“As associações anti-semitas não querem criar nada, recusam-se a assumir responsabilidades, tem horror a se apresentar como um segmento da opinião pública francesa, pois nesse caso precisariam estabelecer um programa e buscar meios de ação legal.
Preferem se apresentar como a expressão absolutamente pura e absolutamente passiva do sentimento do país real em sua indivisibilidade”
“Agora estamos em condições de entender o anti-semita.
É um homem que tem medo.
Certamente não dos judeus; mas de si próprio, de sua consciência, de sua liberdade, de seus instintos, de suas responsabilidades, da solidão, da mudança, da sociedade e do mundo – de tudo exceto dos judeus.
É um covarde que não quer confessar sua covardia, um assassino que reprime suas tendências homicidas sem conseguir refreá-las e que, no entanto, só se atreve a matar em efígie ou no anonimato da turba, um descontente que não ousa revoltar-se por medo das conseqüências da revolta.
Aderindo ao anti-semitismo, não adota apenas uma opinião, mas escolhe também a pessoa que quer ser.
Escolhe a constância e a impermeabilidade da pedra, a irresponsabilidade total do guerreiro que obedece a seus chefes – e ele não tem chefe.
Escolhe não adquirir nada, não merecer nada, que tudo lhe seja dado de nascença – e ele não é nobre.
Finalmente, escolhe que o Bem já esteja pronto, fora de questão, ao abrigo de qualquer perigo; não se atreve a encará-lo por medo de ser levado a contestá-lo e a procurar outro.
Nisso, o judeu não é mais do que um pretexto: em outro lugar, o negro, o amarelo servirão.
A existência do judeu simplesmente permite ao anti-semita sufocar suas angústias no nascedouro, persuadindo-se de que seu lugar no mundo já estava determinado e o esperava e de que, pela tradição, ele tem o direito de ocupá-lo.
O anti-semitismo é, em resumo, o medo em face da condição humana.
O anti-semita é o homem que quer ser rocha implacável, torrente furiosa, raio destruidor – tudo menos homem.”

“O (judeu é) homem social por excelência, já que seu tormento é social.
O que fez dele judeu foi a sociedade, e não a vontade divina, foi ela que deu origem ao problema judaico, e, como o judeu se vê obrigado a definir-se totalmente nas perspectivas desse problema, é no social que ele define sua própria existência.
Seu projeto constitutivo de integrar-se na comunidade nacional é social, social é o esforço que faz para pensar-se a si mesmo, ou seja, para situar-se entre outros homens, sociais são suas alegrias e seus pesares – porque é social a maldição que pesa sobre ele.
Por isso, se lhe reprovam sua inautenticidade metafísica e lhe dizem que sua eterna inquietude faz-se acompanhar de um positivismo radical, também é necessário lembrar que tais críticas voltam-se contra quem as formula, o judeu é social porque o anti-semita o fez assim.”

“Entendemos com isso que todas as pessoas que colaboram através de seu trabalho para a grandeza de um país têm pleno direito à cidadania.
O que lhes dá esse direito não é a posse de uma ‘natureza humana’ problemática e abstrata, mas a participação ativa na vida social.
Isso significa, portanto, que os judeus, assim como os árabes ou os negros, têm direito de intervir na empreitada nacional porque também são responsáveis por ela.”


***

Vou salientar um aspecto do pensamento de Sartre que acho importante:
"O anti-semitismo é uma escolha livre e total de si mesmo, é uma atitude global que alguém adota não somente para com os judeus, mas para com todos os seres humanos,"
"Nisso, o judeu não é mais do que um pretexto: em outro lugar, o negro, o amarelo servirão. "
Sartre identificou a causa muito bem!
O "anti" odeia todos que tem valor, não importa a cor da pele ou a raça, o "anti" é contra os talentosos, contra os competentes, é contra o empreendedor que constrói e cria riquezas, é contra os que tem sucesso.
E, no caso dos judeus, eles são competentes, em geral tem sucesso na economia e nas ciências, ganham muitos prêmios Nobel, e em geral ficam bem de vida devido a essa competência, o que desperta o ódio dos invejosos.
O "anti" é a característica do incompetente - o que move o "anti" é a inveja.
O "anti", como diz Sartre, é covarde e só atua em grupos, não tem coragem de enfrentar sozinho a quem odeia.
Para poder ter a possibilidade dessa ação grupal os invejosos fundam ideologias que vão dar abrigo ao seu ódio contra os empreendedores de sucesso.
O "anti" tem como causa a inveja que nutre dos talentosos e do sucesso que eles angariam, sucesso que os invejosos jamais terão.

Sobre a perfeição


Uma parte dos pensadores são idealistas e filosofam em busca da verdade, da perfeição.
Mas, será que eles pensaram criticamente a respeito da possibilidade da verdade, da perfeição, realmente existir?
Acredito que não, pois o que eles realmente buscam é uma ilusão, uma utopia.


Transformações implicam em movimento, então, se uma coisa for perfeita ela forçosamente estará estagnada, imóvel, pois se uma coisa chegou a perfeição ela não necessita mais de transformações.

Uma coisa perfeita seria um produto definitivamente acabado que não necessitaria de mais nenhum aperfeiçoamento e consequentemente, de nenhum movimento.

No Universo tudo se transforma desde o seu início, a nossa estrela, o Sol, é uma estrela de segunda geração, sabemos disso porque alguns planetas que giram em torno do Sol (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são rochosos, em sendo rochosos eles só podem ter surgido da poeira estelar resultante da explosão de uma estrela de primeira geração que ao explodir espalhou como poeira estelar os átomos pesados que havia gerado no seu interior.

No Universo tudo está em movimento, as galáxias, os aglomerados de galáxias, tudo se move e se transforma.

Em vista disso, na minha opinião, podemos concluir que dentro do Universo não existe perfeição, não existe uma verdade consumada.




Os segredos de Matrix


Nossa compreensão do mundo exterior é baseada na informação que recebemos de nossos cinco sentidos na forma de impulsos elétricos enviados através dos nervos ao nosso cérebro.

Muitos abordam esta questão de forma duvidosa imaginando a possibilidade de uma "Matrix" onde nossos cérebros podem estarem sendo mantidos em uma incubadora sendo alimentados com software que cria dados sensoriais de modo a formar um ambiente, embora seja um mundo irreal.

Mas, ao pensarmos mais detidamente nessa questão chegamos a conclusão que é uma trampa, a ideia de cérebros existindo em incubadoras é na verdade apenas uma elucubração cética.

Porque não existe nenhuma razão evidente para acreditarmos que nossos cérebros, o nosso corpo, não existem em um mundo real e exterior a nós.
O ônus da prova recai sobre quem criou essa ideia.
Se assumirmos que nossos cérebros existem em uma incubadora controlados por "agentes sinistros", damos origem à possibilidade de que os cérebros dos "agentes sinistros" que nos controlam também estejam existindo em incubadoras...
Isso pode ser estendido infinitamente para criar uma cadeia infinita de mundos "que não existem", então, em face disso, a ideia é uma falácia.
Além disso, as máquinas do filme cometeram falhas na programação da matrix que permitiram a possibilidade de "cérebros presos" tornarem-se "conscientes" da matrix.
Então, afinal, existe consciência real ou não?
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As razões filosóficas por trás dessa ideia.
Por trás dessa ideia existe o conceito de que a nossa mente desafia o sentido de verdade, que é falsa e que não temos possibilidade de obter conhecimento real.
Já vimos essa forma de pensar em alguns dos filósofos gregos, e a partir do iluminismo tal ideia se renovou.
Na verdade a motivação por trás do "matrix" é uma ideia ideológica daqueles seres humanos que desesperados com a não existência de respostas para o motivo de suas vidas e para o destino de suas mentes após a morte, se voltaram contra a própria espécie humana e visam denegri-la como o invejoso tenta denegrir o invejado, e até mesmo tentam destruir a própria espécie.
Hollywood já produziu dezenas de filmes apocalípticos onde a humanidade é destruída restando apenas um grupo seleto de iluminados que vão dar origem a um "novo mundo" perfeito.
Por trás de tais filmes está a mesma ideologia rancorosa contra a espécie humana.
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O filme Matrix

No filme Matrix existem várias cenas que demonstram essa ideologia contra a espécie humana.
As máquinas chegaram a conclusão que os humanos eram uma praga para o planeta, as máquinas passaram a considerar os humanos um vírus que deveria ser eliminado e entram em guerra de extermínio contra os humanos.
Uma das cenas marcantes disso é quando Smith prende Morpheus amarrado em uma cadeira, puxa uma cadeira e se senta na frente dele e diz a Morpheus que os humanos são uma praga, um vírus no planeta, e que devem ser eliminados (ver foto).
Essa é a mensagem que o filme Matrix quis passar, a de que os humanos são uma praga para o planeta Terra.

Isso é fruto de uma ideologia dominante na atualidade que tem a intenção de destruir a própria espécie, não toda claro! Eles, os iluminados sobreviverão...




Jovens incompreendidos


Atualmente, existem textos feitos por adultos falando dos jovens atuais como se fossem únicos! E da mesma forma como já foi dito em um passado não muito distante, dizem que tais jovens são incompreendidos e que "os velhos" da sociedade não os entendem.
São "velhos" empunhando tardiamente as suas espadas libertadoras em defesa dos "incompreendidos" jovens...

Entretanto, os jovens atuais são iguais aos do passado.
A principal caracteriza dos jovens: a de acharem serem idiotas quaisquer outras pessoas que não sejam tão jovens quanto eles, em especial os pais, permanece igual como sempre foi.
O anseio por se libertarem dos pais, para serem escravos do grupo, continua o mesmo.

O que mudou foi a estrutura econômica e tecnológica da sociedade.
Os agentes dessa mudança foram "os velhos", os smartphones do qual os jovens não conseguem mais se separar, só foi possível de existir porque "os velhos idiotas" descobriram os meios para os construírem.

No mais, os seres humanos continuam os mesmos, com qualquer idade e por todo o planeta.














sábado, 9 de abril de 2016

Margarida de Anjou - Elizabeth Woodville - Margarida Beaufort - Inglaterra século XV

Mulheres protagonistas da história humana

Ao longo da história humana existiram centenas de mulheres que se impuseram, com as suas próprias forças, com seus próprios talentos, com suas inteligências, com suas estratégias militares e políticas, na sociedade e na cultura de suas épocas. Elas são uma prova de que as mulheres, ao longo de milhares de anos, sempre tiveram acesso ao poder e ao protagonismo ao longo da história humana. A história dessas mulheres será contada aqui.

***

Margarida de Anjou - Elizabeth Woodville - Margarida Beaufort - Inglaterra século XV

Dando sequencia aos relatos sobre história envolvendo a ação direta de mulheres vamos fazer uma síntese dos acontecimentos na Inglaterra no século XV e que tiveram a participação decisiva de 3 mulheres nos destinos da nação.
Tais mulheres lutaram politicamente entre si pelo poder na Inglaterra atuando paralelamente ao lado de seus esposos, reis e filho, que se encarregavam das batalhas.

Elas foram:
Margarida de Anjou (1.430-1.482)
Rainha consorte do rei Henrique VI de Inglaterra.

Elizabeth Woodville (1.437-1.492)
Rainha consorte do rei Eduardo IV de Inglaterra.

Margarida Beaufort (1.443-1.509)
Mãe do rei Henrique VII da Inglaterra.


As guerras relatadas aqui tiveram o nome de "Guerra das Rosas".
A razão desse nome é que as duas famílias em luta tinham em suas armas e escudos uma rosa.
Os Lancaster tinham uma rosa vermelha.
Os York tinham uma rosa branca.
E Henrique VII, após subir ao trono inglês, acrescentou as armas dos Tutor uma rosa que era parte vermelha e parte branca, um símbolo de paz e união entre as famílias que deveria existir em seu governo.


Essa história tem início em 1.154 quando Godofredo V de Anjou, norte da França, iniciou a dinastia Plantageneta na Inglaterra ao se casar com Matilde de Inglaterra, e herdeira de Henrique I, dai para frente os Plantageneta possuíram diversos monarcas na Inglaterra.
O primeiro rei Plantageneta foi Henrique II, filho de ambos.
Dentro da dinastia Plantageneta existiram duas outras, a dinastia Lancastre e a Tudor.
O poder direto dessa dinastia terminou com a deposição de Ricardo II em 1399 por Henrique IV quando a Inglaterra passou a ser governada pela dinastia de Lancastre que governaria a Inglaterra até 1471 quando iniciou a dinastia de York com a tomada do poder por Eduardo IV de York (esposo de Elizabeth Woodville) ao depor Henrique VI de Lancastre (esposo de Margarida de Anjou).
Os York seriam tirados do poder em 1485 com a morte do rei Ricardo III (personagem de Shakespeare) na Batalha de Bosworth Field e a tomada do poder por Henrique VI de Tudor (filho de Margarida Beaufort ).
A maior parte desses acontecimentos aconteceu no contexto da "Guerra das Rosas" que ocorreu entre 1455 até 1487 e onde foram travadas dezenas de batalhas sangrentas.
Na próxima publicação iremos contar a história de Margarida de Anjou, francesa, da Casa de Valois, dinastia Lancastre de Inglaterra, e que foi rainha consorte de Henrique VI de Inglaterra.

Margarida de Anjou


O principal personagem desse tempo foi Eduardo IV (1442-1483) rei da Inglaterra entre 1461 a 1470 e entre 1471 até sua morte.
Eduardo IV foi o primeiro rei da dinastia York na Inglaterra.
O rei anterior foi Henrique VI da casa dos Lancastre, cuja rainha era
Margarida de Anjou, ele expulsou o pai de Eduardo IV da corte, este fato dentre outros despertou a revolta entre os irmãos York, Eduardo, Ricardo, George e seus primo o Conde de Warwick, Ricardo Neville, que era rico e um guerreiro experiente e deu orientação a Eduardo IV nas batalhas.
Em 1455 os York estavam dispostos a tomar o poder e iniciaram a Guerra das Rosas contra a Casa de Lancastre.
Nessa época o rei Henrique VI adoeceu e a rainha consorte Margarida de Anjou assumiu o comando do governo e da guerra.
Depois de alguns sucessos iniciais dirigidos por Ricardo Neville, que incluíram a captura do próprio Henrique VI, o Duque de Iork e seus filhos perderam a Batalha de Wakefield contra os exércitos comandados por Margarida de Anjou.
A rainha não lhe perdoou a traição contra o rei e ordenou a execução do duque.
Com o pai morto e a sua cabeça exposta nas muralhas, Eduardo tornou-se Duque de Iorque com apenas dezoito anos.
Ricardo Neville tornou-se o seu mentor e viu nele um líder capaz de substituir Henrique VI.
Enquanto Margarida de Anjou lutava no norte, Warwick e Eduardo tomaram Londres no ano seguinte e aprisionaram Henrique VI na Torre de Londres, Margarida de Anjou fugiu para a França.
Com a vitória Eduardo tornou-se rei de Inglaterra.
Eduardo IV foi bem aceito pelo povo de Londres e tinha ideias próprias.
Warwick queria casar Eduardo com uma princesa francesa, Warwick tinha um acordo com o rei da França que caso isso acontecesse ele ganharia possessões na França.
Porém... seus planos foram frustrados.

Elizabeth Woodville


Porém, ai entra em cena Elizabeth Woodville, uma plebeia cuja mãe era da realeza, mas, havia casado com um plebeu.
Elizabeth era loira e muito bonita, sensível e inteligente, tinha dois filhos homens do seu primeiro casamento, mas estava viúva, o marido dela tinha lutado ao lado dos Lancaster e tinha sido morto em batalha.
Elizabeth tinha sonhos onde via o rei Eduardo passar nos arredores de sua casa, um dia de manhã ela resolveu esperá-lo para pedir a ele que devolvesse os bens de seus filhos, o encontro aconteceu e o rei, apesar de ser um grande conquistador, se apaixonou por Elizabeth.
Apesar dos protestos de Warwick, Eduardo se casou com ela em segredo em 1464.
Warwick teve dificuldade em aceitar este revés, ainda para mais depois que perdeu poder e influência a favor dos Woodville.
Passado algum tempo Warwich revoltou-se e levantou um exército contra Eduardo e o aprisionou em seu castelo após a Batalha de Edgecote Moor em 1469.
Elizabeth permaneceu em Londres, neste período e em todos os longos períodos que o rei ia para o campo de batalha quem conduzia o governo em Londres era a rainha consorte.
Com o rei ainda preso a Torre foi atacada e sitiada pelos inimigos, Elizabeth foi quem teve uma ideia tática de ataque para ajudar seu irmão, que defendia a Torre, a vencer o exército adversário.
A popularidade de Eduardo não garantiu o sucesso a Warwick e ele foi obrigado a soltar Eduardo por decisão do Parlamento e fugir para França e lá se encontrou com a até então sua inimiga Margarida de Anjou.
Uma das filhas de Warwich se casou com o filho de Margarida de Anjou, Eduardo de Westminster, o herdeiro de Henrique VI.
Warwich e Margarida de Anjou fazem aliança para invadir a Inglaterra e depor Eduardo IV.
Warwick retorna a Inglaterra e consegue derrotar os exércitos de Eduardo em uma primeira fase da batalha, Henrique VI é reposto no trono e Eduardo é obrigado a fugir para a Borgonha.
A rainha Elizabeth ficou escondida na Inglaterra ajudando na articulação da volta do marido.
Na França Eduardo organizou um exército e retornou a Inglaterra, Eduardo derrota o seu antigo aliado na Batalha de Barnet em abril de 1471
Margarida de Anjou também organizou um exército e foi para a Inglaterra ajudar Warwick, porém as coisas não deram certo e Eduardo vence o resto das forças Lancastre-Tudor na Batalha de Tewkesbury.
Eduardo de Westminster foi morto em batalha e Margarida de Anjou foi presa, Henrique VI foi assassinado na Torre.
E com isso Eduardo IV se consolidou no poder ao lado da sua rainha Elizabeth, que lhe deu dois filhos homens como herdeiros.
Porém, os Lancastre e os Tudor, refugiados na França, mantinham ainda as esperanças de tomar o poder.
Neste contexto entra em ação mais decisivamente as ações políticas de Margarida Beaufort a favor de seu filho Henrique Tudor, o único que sobrou na dinastia Lancastre-Tudor, e era ainda criança.

Margarida Beaufort 


Margareth Beaufort era o demônio disfarçado de santa.
Maquinava o tempo todo para que seu filho se tornasse rei, não tinha limites nisso, até mandar matar os filhos da rainha Elizabeth, ainda crianças, que estavam presos na Torre de Lonfres a mando de Ricardo III ela mandou.
Seguimos com o relato.
Nos anos seguintes, Eduardo teve problemas dentro da sua própria família, nomeadamente com os irmãos George e Ricardo, ambos casados com as duas filhas de Warwick, Isabel Neville e Ana Neville, respectivamente.
Após uma tentativa de traição em 1478 Eduardo IV mandou executar George por afogamento dentro de um barril de vinho.
Eduardo morreu de repente em 1483 e para desgraça dos York nomeou seu irmão Ricardo como tutor dos principes herdeiros que ainda eram crianças.
Ricardo mandou encarcerar os príncipes na Torre de Londres, declarou o casamento do irmão inválido e se coroou como rei da Inglaterra como Ricardo III.
Neste cenário a relação entre a rainha Elizabeth e o novo rei não era boa, a esposa do rei, Ana Nenive, odiava a rainha e fazia de tudo para debilitá-la, mas, ouve um momento em que o rei a a antiga rainha se encaminhavam para uma boa relação, porém, entrou em ação a maquinação de Margarida Beaufort e seu terceiro marido lorde Tomás Stanley, com o qual ela havia se casado apenas para poder ir morar na corte e poder tramar mais de perto contra os York, fez com que a boa relação não fosse em frente.
Os príncipes presos na Torre eram encarados como ameaça tanto pela rainha Ana, esposa de Ricardo III, bem como por Margarida Beauforte, ambas tramaram diretamente o assassinato dos príncipes, a história não tem uma certeza do que aconteceu com os dois príncipes, o fato é que eles sumiram da Torre e nunca mais foram vistos, e com o sumiço deles restaram apenas o filho de Ricardo III com a rainha ANa, e o filho de Margarida Beaufort, Henrique Tudor, como herdeiros ao trono inglês.
O filho de Ana faleceu e ela também moreu em seguida, Ricardo III fixou só e Henrique Tudor, filho de Margarida Beauifort, invadiu a Inglaterra.
Na batalha decisiva Ricardo III tinha maiores forças, mas, devido a ação de Margarida Beaufort e seu marido os nobres o traíram e Ricardo III foi morto em batalha.
No fim da batalha Henrique Tutor foi aclamado rei com o título de Henrique VII.
Finalmente o filho de Margarida Beaufort se tornou rei da Inglaterra inaugurando a dinastia dos Tudor.